A construção de Brasília representou a realização de um plano do governo de Juscelino Kubitschek, que idealizou a cidade com o propósito de modernizar o Brasil. No entanto, a ideia de transferir a capital para o interior do país remonta ao século XIX. José Bonifácio de Andrada e Silva propôs, já em 1823, essa transferência como medida de proteção contra possíveis ataques estrangeiros e até sugeriu o nome “Brasília” para a nova capital.
Durante todo o período monárquico, essa ideia permaneceu esquecida. Com a Proclamação da República, em 1889, um novo governo assumiu o controle do Brasil, e uma nova Constituição foi escrita em 1891. Esta Constituição estipulava, em um de seus artigos, a reserva de uma região no planalto central para abrigar futuramente a nova capital do país.
A edificação da capital enfrentou muitos obstáculos. A cidade mais próxima com aeroporto estava a mais de 100 km de distância e as estradas até lá eram de terra. Transportar materiais era difícil e caro, já que boa parte do traslado era feito por avião. Na época, muitos trabalhadores, principalmente do Nordeste, mas também de Goiás e Minas Gerais, foram chamados de candangos, termo que carregava tom pejorativo, mas que, com o tempo, passou a designar popularmente os cidadãos do Distrito Federal. Eles enfrentaram um trabalho exaustivo e condições de vida precárias. Apesar das críticas e das dificuldades, em 21 de abril de 1960, Brasília, a nova capital brasileira, foi oficialmente inaugurada.
O mercado segurador na cidade
A história de Brasília e do mercado de seguros sustenta uma relação de colaboração e interação. Assim como o seguro desempenhou um papel importante na construção de Brasília, a capital também testemunhou momentos emblemáticos na história do mercado segurador.
Embora o setor segurador estivesse presente em Brasília desde o início, todos os riscos de vida e ramos elementares da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) foram segurados pela seguradora Equitativa. Foi somente em 1989 que a Federação Nacional das Empresas de Seguros e Capitalização (Fenaseg) estabeleceu seu primeiro escritório na cidade, com o propósito de monitorar mais de perto as tendências do país. Em 1991, a presença da Fenaseg na capital foi expandida para reforçar a comunicação entre o mercado segurador e os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Em 2013, já sob o nome de CNseg, essa presença foi ampliada com a inauguração de um novo escritório.
Brasília também inspirou o nome dado à primeira grande manifestação do mercado segurador: a Carta de Brasília (1992), que marcou a primeira vez em que o setor de empresas de seguro apresentou publicamente um conjunto de demandas e propostas concretas ao governo, conhecida como a ‘política dos três dês’ – desestatização, descentralização e desregulamentação.
A Carta de Brasília também foi destaque no livro que celebrou os 50 anos da Fenaseg – “Do retrato de Vargas à Carta de Brasília”, escrito pelo jornalista Paulo Amador e publicado pela Fenaseg.
À medida que Brasília comemora seus 64 anos, o impacto positivo da cidade no desenvolvimento do país e na história do mercado segurador é inegável. Seu contínuo papel no progresso econômico e social da capital e do país como um todo é inegável, assim como o compromisso da CNseg em liderar o caminho em direção a um setor de seguros mais resiliente e preparado para enfrentar os desafios futuros.
O CEDOM parabeniza Brasília pelos seus 64 anos!
Publicado em 24.04.2024
