Presente no Brasil há mais de 90 anos, a capitalização tem viabilizado investimentos em saúde, educação e infraestrutura. Ao ampliar a poupança interna do governo federal, a capitalização se consolidou como um instrumento de desenvolvimento social e econômico, alinhado às necessidade do país, da economia e do povo brasileiro.

No primeiro semestre deste ano, o mercado de capitalização distribuiu mais de R$ 471 milhões em prêmios a clientes que tiveram títulos sorteados em todo Brasil. Caracterizada como mecanismo de educação financeira e uma solução de negócios, com sorteios, a capitalização não deve ser confundida com investimentos ou jogos.

Na capitalização o consumidor troca uma possível rentabilidade pela chance de ser sorteado e multiplicar muitas vezes o valor que pagou pelo título, com a certeza e a tranquilidade de poder resgatar 100% do valor aportado, corrigido pela inflação, ao final da vigência do contrato. Além disso, as empresas de capitalização trabalham com séries de, no máximo, 1 milhão de títulos, ampliando as chances do interessado em sorteios semanais, mensais e semestrais.

Além das modalidades tradicional, popular, incentivo e compra programada, a  capitalização passou a abranger também as categorias de instrumento de garantia e filantropia premiável, pela a Circular SUSEP nº 569/2018, que deu lugar à Resolução CNSP nº 384/2020.

Como demonstra a publicação “A Capitalização na Agenda Social Econômica Brasileira”, lançada pela FenaCap no mês de junho, a modalidade  Tradicional é o carro-chefe do setor. Ela é indicada para aqueles que desejam formar uma reserva programada, a fim de realizar um projeto pessoal.

Já a modalidade Instrumento de Garantia pode ser empregada em diversos tipos de garantias, desde serviços até na substituição do fiador no contrato de aluguéis de imóveis. O título libera o inquilino do constrangimento de ter que pedir a um amigo ou a um familiar para que seja fiador do aluguel de seu imóvel.

A  Popular é ideal para quem deseja participar de sorteios comprando títulos com valores bem acessíveis. Ela pode ser adquirida a partir de dez reais e dá a oportunidade ao cliente de resgatar até 50% do valor pago. A Compra Programada tem foco na acumulação mensal, vinculada à aquisição de bens, enquanto a Filantropia Premiável é uma solução para pessoas que desejam apoiar entidades filantrópicas, de maneira segura e transparente. O consumidor cede o direito de resgate da sua reserva para uma instituição de caridade, previamente credenciada, e concorre a sorteios durante o período de vigência do contrato.

Por fim, a modalidade Incentivo permite que pessoas jurídicas adquiram uma série exclusiva de títulos e concedam aos seus clientes a oportunidade de participarem de sorteios, sem qualquer custo. Esta é uma forma de promover promoções que contribuem para alavancar vendas, fidelizar clientes e atrair novos consumidores.

Neste ano a capitalização comemora 170 anos de existência. Ela foi criada em 1850, pela iniciativa do diretor de uma cooperativa de mineradores franceses, Paul Viget, que desenvolveu um sistema para alavancar os recursos financeiros dos seus cooperados – o participante pagava parcelas mensais ao longo de um período previamente determinado e tinha a garantia de resgatar todo o valor acumulado ao final do prazo, ou antecipadamente caso fosse sorteado. O sucesso da proposta ganhou adeptos em todo o mundo, inclusive, no Brasil, em 1929.

Até os anos 40 a capitalização não parou de crescer e fomentou a execução de grandes projetos habitacionais, como a construção de bairros no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes o vai e vem da inflação afetou a dinâmica do setor, que veio ganhar novo fôlego após a estabilização da moeda, nos anos 90.

Durante a pandemia do novo coronavírus, a capitalização deu mostras indeléveis de sua relevância social, sendo a grande responsável pela injeção de quase R$ 10 bilhões na economia, em um dos períodos mais difíceis da história do último século.

Assista ao vídeo sobre os 90 anos da Capitalização