O seguro automóvel possui uma trajetória que se inicia no século XIX, quando os veículos motorizados começaram a se popularizar, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. À medida que o número de carros nas ruas aumentava, surgiam preocupações relacionadas à segurança e aos riscos financeiros decorrentes de acidentes. Nesse contexto, Gilbert J. Loomis, residente de Ohio, fez história ao ser o primeiro a adquirir uma apólice de seguro que cobria indenizações em casos de morte ou ferimentos causados por seu carro, além de danos a propriedades de terceiros.
No Brasil, o seguro automóvel surgiu no início do século XX, acompanhando a chegada dos primeiros carros ao país. Um episódio curioso e marcante dessa época envolve Santos Dumont, o renomado inventor e pioneiro da aviação. Conhecido por sua paixão pela tecnologia, Dumont foi um dos primeiros brasileiros a adquirir um automóvel e, consciente dos riscos que essa novidade representava, também foi um dos primeiros a contratar um seguro contra roubo de veículos. Esse seguro, feito nos anos 1920 pela empresa francesa L’Urbaine & La Seine, custava o valor anual de 132 francos.
Hoje, o seguro automóvel é essencial para os motoristas, oferecendo diversas coberturas, que incluem proteção contra colisões, roubos e assistência em situações como desastres naturais. O avanço tecnológico possibilitou a criação de apólices cada vez mais personalizadas, adaptadas ao perfil de cada condutor. Além disso, a crescente popularidade dos veículos elétricos e a conscientização sobre sustentabilidade estão gerando novas demandas no setor, fazendo com que o seguro automotivo evolua constantemente para atender às necessidades do mundo contemporâneo.
A história do seguro automóvel no Brasil, portanto, é marcada tanto pela inovação quanto pelo pioneirismo de figuras históricas, como Santos Dumont, que reconheceu desde cedo a importância de se proteger dos riscos inerentes à condução de um automóvel.
