Iniciativa
CNSeg - Confederação Nacional das Seguradoras

Principais realizações da CNseg nos últimos seis anos, e perspectivas para o futuro

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Ao longo da série de 24 destaques que marcou o ano do aniversário de 70 anos da Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg, revisitamos momentos únicos da história do Brasil. Relembramos o lançamento da primeira emissora de televisão, quando também foi ao ar o primeiro anúncio de seguros. Vimos Brasília emergir no coração do Brasil, tendo todos os riscos de vida e ramos elementares da sua construção cobertos pelo seguro. Nos encantamos com a trajetória e o brilhantismo de mulheres visionárias, que conquistaram o seu lugar no mercado de seguros em plena primeira metade do século XX, quando muitos dos seus direitos ainda eram cerceados pelo Código Civil de 1916.

Testemunhamos um sonho de D. Pedro II se tornar real: a ligação de Niterói à cidade do Rio de Janeiro, por meio da Ponte Rio-Niterói. O seguro cobriu tanto os riscos da sua construção, como também os da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu e da Siderúrgica Açominas, além de muitas outras obras de infraestrutura.

Viajamos no tempo até o ano de 1951 e compreendemos o contexto em que a CNseg foi concebida, e constatamos que a sua criação é a expressão da consolidação da identidade do mercado segurador brasileiro. Tornamos a avançar no tempo e percorremos 70 anos de realizações e de sólido compromisso com o direito do consumidor, diversidade e inclusão, sustentabilidade, e a difusão da cultura do seguro. Recobramos campanhas de comunicação e marketing que marcaram época e a memória de brasileiros, e reconhecemos o legado de personalidades icônicas, como o de Luiz Mendonça e de Antônio Carlos de Almeida Braga.

Após esta imersão em marcos relevantes da história do seguro, encerramos a série de destaques com uma incursão pelo legado da gestão de Marcio Serôa de Araujo Coriolano, o dirigente que conduziu a Confederação durante um dos períodos mais emblemáticos da história recente. Economista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) e pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Coriolano assumiu a Confederação em 2016, após uma longa e frutífera jornada de mais de 20 anos na Bradesco Seguros.

O dirigente foi conduzido à presidência da CNseg em um ano desafiador para o país nas esferas social, política e econômica. O Brasil atravessava uma grande recessão. O PIB recuou 3,6% e o rendimento médio das famílias voltou ao nível de 2013 (CNSEG, 2016, p.8-9). Resiliência, inovação e diversificação foram indispensáveis para superar o cenário de turbulências.

No plano interno Marcio Coriolano adotou um forte ajuste orçamentário, valorizando a produtividade e a responsabilidade no uso dos recursos. Ao se reunir pela primeira vez com os colaboradores, em 11 de fevereiro de 2016, Coriolano afirmou que seus planos de gestão teriam como fio condutor: conservar o que já foi feito e avançar o máximo possível. “Gosto imensamente de trabalhar. Contem comigo porque vocês não sabem o quanto eu pretendo contar com vocês”, declarou ele visivelmente emocionado (CNSEG EM AÇÃO, nº 119, 2016, p.23). E assim foi feito. O dirigente consolidou avanços na profissionalização do quadro de funcionários, reestruturou a governança, fortaleceu ferramentas de gestão compartilhada, e valorizou o quadro funcional com ênfase no Programa de Avaliação de Desempenho (CORIOLANO, 2019).

Ao longo dos seus dois mandatos, Marcio Coriolano valorizou o diálogo estreito com os colaboradores, e esteve atento às sugestões de melhorias compartilhadas por eles durante as edições do “Café com o Presidente”, um bate-papo descontraído em que diferentes funcionários tiveram a oportunidade de se apresentarem ao dirigente e propor soluções.

A CNseg também aprimorou a sinergia com o Centro Integrado Empresa Escola (CIEE), e estabeleceu um plano de treinamento que visa apoiar o desenvolvimento dos estagiários. Durante o isolamento social, adotado como medida de prevenção ao contágio da Covid-19, foram realizadas oficinas virtuais que abrangeram temas como comportamento no ambiente corporativo, comunicação assertiva, trabalho em equipe, gestão do tempo, inteligência emocional, e atendimento de excelência.

Em 2019 foi concluída a primeira edição do Programa Jovem Aprendiz, que contemplou uma carga horária total de mil horas, entre teoria e prática. Os funcionários da CNseg também receberam o Curso de Atualização da Língua Portuguesa, que integra o Programa de Capacitação Profissional e que tem o objetivo de aprimorar as habilidades e competências dos colaboradores da Confederação. Ao todo, foram 48 horas de aperfeiçoamento nas particularidades do nosso idioma, contribuindo para a melhoria na comunicação organizacional e interpessoal.

A constante busca pela eficácia abrangeu uma série de iniciativas. O Programa de Gestão de Líderes mapeou perfis e competências profissionais e forneceu treinamentos, oficinas e workshops a superintendentes, gerentes, supervisores e coordenadores, a fim de aperfeiçoar a capacitação profissional e de estimular a eficiência gerencial. A CNseg também expandiu o acesso ao Projuris, com o fim de trazer mais agilidade ao controle de instrumentos contratuais. Implantado no primeiro semestre de 2018, o sistema confere maior automatização ao trabalho que é desempenhado pelo setor Jurídico. Em dezembro de 2020, representantes de cada área receberam treinamento para a sua utilização. A expansão do acesso ampliou o número de análises contratuais em 22% em 2020, em comparação com 2019.

A busca pela eficácia operacional também abrangeu a implementação de melhorias nas instalações do Edifício das Seguradoras. A jornada de modernização e reforço da segurança teve início em outubro de 2014, com as obras do 16º andar. No primeiro semestre daquele ano foi concluída a ampliação das salas de videoconferência e a atualização dos equipamentos, e em 29 de abril de 2016 foi inaugurado o Auditório Délio Ben-Sussan Dias. A solenidade de lançamento do novo espaço foi realizada pelo superintendente da Susep, Roberto Westenberger, a convite da CNseg.

As obras do 17º e do 9º andar foram concluídas em 2017 e 2018, respectivamente, viabilizando o melhor aproveitamento do espaço e, consequentemente, gerando economia com a reacomodação de funcionários do 13º andar. Além do novo escritório da FenaPrevi, as obras do 9º andar também contemplaram a construção do Estúdio CNseg. Em 2019, foram concluídas as obras do 15º andar e a instalação da nova escada de incêndio, dando início ao projeto de formação da brigada voluntária de incêndio.

No plano externo, Marcio Coriolano priorizou o bom relacionamento com os poderes constituídos e a comunicação ampla com a sociedade. Este foi o tom que deu o compasso da sua gestão. A solenidade de posse dos presidentes da CNseg, FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap aconteceu em 24 de fevereiro de 2016, na Bahia, durante o 21º Encontro de Líderes do Mercado Segurador, e contou com a presença de mais de 400 pessoas. Tendo como pano de fundo a frase “A Força da União estampada em um grande painel, Marcio Coriolano afirmou entusiasticamente que “a crença no país significa, acima de tudo, atuar em parceria com os demais agentes do setor e do próprio Governo para buscar, com ações propositivas e pragmáticas, o fortalecimento que ajudará o Brasil a retomar o seu ciclo de prosperidade” (CNSEG EM AÇÃO, nº 119, 2016, p.2).

Em maio de 2016, a Carta de Ipanema definiu a agenda estratégica da entidade tendo como ponto de partida a incorporação de conteúdos e aprendizados de mandatos anteriores, experiências de associações de seguros análogas do exterior, além de temas emergentes no mercado segurador. O documento, concebido pelo Conselho Diretor da CNseg, ressaltou a importância da busca de eficiência operacional, uso de capital, e limitação dos custos de observância à regulação.

Presidido por Marcio Coriolano, o Conselho Diretor da CNseg é “integrado por até 28 (vinte e oito) membros, sendo até 23 (vinte e três) eleitos e 05 (cinco) natos” (CNseg, 2022).

São membros natos os Presidentes da FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap, na qualidade de Vice-Presidentes da CNseg, e o Consultor Jurídico da Presidência da Fenaseg, designado pelo Presidente da CNseg, na qualidade de Diretor.

A composição completa do Conselho Diretor eleito para os mandatos 2016-2019 e 2019-2022, poderá ser vista ao final do texto.

Como desdobramento do Planejamento Estratégico 2016-2019, a Confederação lançou em 2018 a Conjuntura CNseg, uma análise mensal dos segmentos de Seguros de Danos e Responsabilidades, Coberturas de Pessoas, Saúde Suplementar e Capitalização, que tem a finalidade de examinar aspectos econômicos, políticos e sociais que podem exercer influência sobre o mercado segurador. “Em meses de referência de fechamento de trimestre, essa publicação reúne também os Destaques dos Segmentos, a atualização das Projeções de Arrecadação, os Boxes Informativos Estatístico, Jurídico e Regulatório e o acompanhamento da Produção Acadêmica em Seguros”, afirma a CNseg (CNSEG, 2021).

A Educação em Seguros também foi considerada de extrema relevância, e apontada como um dos sete temas prioritários do Planejamento Estratégico. O lançamento oficial do Programa de Educação em Seguros foi realizado em 19 de outubro de 2016, em Brasília. A solenidade foi comandada pelo presidente da CNseg e reuniu os Ministros do Planejamento e do Superior Tribunal de Justiça, além de autoridades dos Ministérios da Fazenda, da Saúde, da Educação, da Justiça e da Casa Civil, representantes da Susep, da ANS, da Fenacor e da ENS, e executivos do mercado de seguros. Na ocasião, Marcio Coriolano lembrou que “uma população mais instruída está mais bem preparada para proteger seu patrimônio” e destacou que deseja tornar o seguro uma ferramenta mais conhecida do grande público (CNSEG EM AÇÃO, 2016, p. 14).

O evento também foi palco do lançamento da Rádio CNseg, que tem a missão de promover conteúdo jornalístico de interesse do consumidor e de contribuir para o fortalecimento do diálogo do setor com a sociedade por meio de reportagens especiais, dicas que estimulam a adoção de atitudes de prevenção a riscos, notícias sobre a conjuntura política e econômica, e conteúdos diversos sobre o setor de seguros (produtos e serviços, regulação, inovação, arrecadação, expansão, relacionamento com o consumidor, diversidade e inclusão, sustentabilidade, riscos Ambientais, Sociais e de Governança, entre outros).

Entre os marcos relevantes da evolução da Rádio CNseg estão o lançamento do seu novo site, as parcerias com as rádios JBFM, em 2017, e com a BandNews FM e Alpha FM, em 2018, e o lançamento do podcast SeguroCast, em setembro de 2020, uma iniciativa que tornou o seu conteúdo ainda mais acessível e conferiu aos ouvintes total autonomia para acompanharem os programas por meio do agregador de conteúdo da preferência de cada um (Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcast ou Castbox).

O Programa de Educação em Seguros também engloba o Canal CNseg no Youtube; a publicação de livretos, guias e cartilhas; o Glossário de Seguros; parcerias com instituições de ensino e entidades de defesa do consumidor, e ações nas mídias sociais. Desde 08 de fevereiro de 2021, a CNseg está presente no Instagram com o endereço @cnseg_oficial. A iniciativa visa alcançar o consumidor final através de conteúdos leves, informais e didáticos que demonstram como os produtos e serviços do setor segurador estão presentes em todos os momentos da vida das pessoas.

Com a presença no Instagram, fortalecemos o papel do setor segurador na perspectiva do consumidor, trazendo à reflexão a questão da importância da proteção e prevenção aos riscos – seja para pessoas, seja para empresas – com linguagem próxima e atual”, afirmou a diretora executiva da CNseg, Solange Beatriz Mendes (REVISTA INSURANCE CORP, 2021).

Para Marcio Coriolano, “estar mais presente nas mídias sociais dinamizando os canais de contato com os consumidores é mais uma iniciativa para aproximá-los cada vez mais do setor de seguros e auxiliá-los no que diz respeito a tomadas de decisão em relação à proteção para si, sua família e seu patrimônio” (CNSEG, 2017).

O amplo conjunto de iniciativas do Programa de Educação em Seguros, que integram 21 ações, também contribuem para o estreitamento do relacionamento com a imprensa e entidades de defesa do consumidor. O primeiro quinquênio do Programa foi festejado com o destaque “Cinco anos do Programa de Educação em Seguros”, veiculado no Portal do Centro de Documentação e Memória do Mercado Segurador – CEDOM, que em 2021 também comemorou cinco anos desde que foi ao ar pela primeira vez, em 2016, e que tem sido um importante canal de disseminação da cultura do seguro e de aproximação do setor com a sociedade.

Além da produção de curiosidades sobre marcos da história do seguro e de perfis biográficos que registram o legado de lideranças que prestaram relevantes contribuições ao desenvolvimento do setor, o CEDOM também realiza entrevistas com personalidades e profissionais que testemunharam episódios e conjunturas que exerceram influência direta sobre o curso da história do seguro no país, e o mapeamento de registros fotográficos, audiovisuais e textuais em diversas instituições públicas, privadas, e representativas.

O segundo mandato de Marcio Coriolano (2019-2022) à frente da CNseg teve início em um contexto de grande efervescência política, econômica e social. Após as eleições presidenciais que marcaram o fim de 2018, janeiro de 2019 começou com a posse de um novo presidente na Presidência da República. Marcio Coriolano foi reconduzido à presidência da Confederação para a execução de mais um mandato em 28 de fevereiro, data em que Antonio Trindade também sucedeu a João Francisco Borges da Costa na presidência da FenSeg, e Jorge Pohlmann Nasser ocupou o assento de Edson Franco na FenaPrevi. Na FenaSaúde, João Alceu de Amoroso Lima assumiu a vaga de Solange Beatriz Palheiro Mendes, e na FenaCap Marcos Coltri foi reconduzido ao cargo. A cerimônia de posse foi celebrada no dia 09 de maio, em São Paulo, e reuniu cerca de 400 representantes de seguradoras e resseguradoras, além de autoridades do governo e da iniciativa privada.

No plano econômico, a Reforma da Previdência recebeu destaque e foi acompanhada de perto pela CNseg. Durante a sua tramitação chegou a prever o aumento da carga tributária para o setor de seguros, o que traria grande desvantagem competitiva, evitada por meio de propostas ativas da Confederação em sentido contrário. A entidade também exerceu um importante papel na promoção de informações voltadas ao esclarecimento da população sobre a relevância da Reforma da Previdência. A Nova Previdência entrou em vigor na data da publicação da Emenda Constitucional nº 103 no Diário Oficial da União, em 13 de novembro de 2019.

No mesmo ano, o setor de seguros apresentou a maior taxa de crescimento desde 2012. A sua arrecadação foi de R$ 270.109,7 milhões – sem Saúde e sem DPVAT – o que representou uma evolução de 12,1%. Para Marcio Coriolano, estes resultados refletiram um setor dinâmico, que prestou “decisiva contribuição para a proteção de rendas e patrimônios ameaçados pela queda do rendimento médio do trabalho, pelo desemprego em níveis altos e pela estagnação do produto de amplos segmentos produtivos”, e conclui: “o setor cumpriu a sua missão de desonerar o Governo de gastos para amparo à sociedade” (CONJUNTURA CNSEG, ano 3, nº 16, fevereiro de 2020, p.6-7).

A estabilidade monetária, a queda da taxa de juros, e a implementação de reformas voltadas ao estímulo da concorrência descortinavam inúmeras possibilidades para o mercado segurador, e foi neste contexto que foi concebida a Carta de Ibirapuera, que elegeu 28 temas estratégicos que norteariam as ações da Confederação no triênio seguinte (2019-2022). Entre os temas prioritários estavam a Reforma Tributária, a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, que entrou em vigor em agosto de 2020, e a continuidade das ações do Programa de Educação em Seguros.

Os temas estratégicos da Carta de Ibirapuera foram convertidos em planos de ação, programas, e projetos que foram acompanhados pelo Escritório de Projetos da CNseg. A área assegura a aplicação de boas práticas na execução de projetos, promovendo o espírito colaborativo e atuando como facilitadora. Os projetos são organizados em Projetos da Agenda Estratégica, que são oriundos da Carta de Ibirapuera, e em Projetos Corporativos, que são demandados pelas demais áreas da Confederação.

O Escritório de Projetos foi originalmente criado em 2010, e em 2016 a sua atuação foi expandida para o âmbito Corporativo, atendendo a toda CNseg. Além de trazer mais coesão às informações sobre projetos e de mensurar os resultados alcançados, a área fornece padrões de armazenamento de informações e contribui para o aumento da maturidade em gerenciamento de projetos.

Tendo em vista os temas eleitos como prioritários, a Confederação realizou um amplo estudo sobre as diferentes propostas de Reforma Tributária que tramitam no Legislativo, com o objetivo de propor ajustes que adequem a regulamentação às necessidades do setor, inibam o aumento da carga tributária e garantam o equilíbrio das operações, respeitando as particularidades de cada produto.

Em entrevista divulgada pela edição nº 914 da Revista de Seguros, Marcio Coriolano destacou que o aumento da carga tributária que não puder ser absorvido pelas companhias de seguros, pode ser incorporado ao preço dos produtos, acarretando impacto no consumo: “Quanto maior o preço, menor a propensão à compra do bem ou serviço. Dessa forma, será prejudicial ao consumidor de seguros o aumento da carga tributária” (REVISTA DE SEGUROS, nº 914, julho-setembro de 2020, p. 28).

Em face da iminência da entrada em vigor da LGPD, a CNseg apoiou as empresas do setor no cumprimento do normativo, por meio da criação de um Grupo de Trabalho responsável pela elaboração do Guia de Boas Práticas do Mercado Segurador Brasileiro sobre a Proteção de Dados Pessoais, publicado em dezembro de 2019, e do lançamento de uma página exclusiva em seu site institucional que reúne notícias, publicações, vídeos, programas da Rádio CNseg e posts veiculados nas redes sociais sobre o tema. No plano interno, a Confederação forneceu treinamento aos colaboradores a fim de reforçar a cultura de segurança da informação. Em entrevista à BandNews, em outubro de 2020, Marcio Coriolano afirmou que informações sobre pessoas e empresas são a principal matéria-prima do seguro, e que há bastante tempo o mercado segurador segue regras rígidas de compliance com o fim de proteger as informações dos seus clientes (BANDNEWS, 2020).

Atenta à constante informatização e otimização de processos, a CNseg implantou em 2021 o Gerenciamento Eletrônico de Documentos – GED, a fim de organizar de forma mais eficiente e segura os documentos manuseados por todas as áreas da Confederação e Federações. A ferramenta facilita a administração de documentos no meio digital ao viabilizar a criação, controle, arquivamento, compartilhamento e a recuperação destes documentos, de vários formatos e origens. A nova solução amplia a abrangência dos documentos tratados, reduz a dependência de serviços de terceiros, e garante a racionalização dos espaços físicos e digitais destinados à guarda de documentos, contribuindo para a redução de custos e para a sustentabilidade das atividades da Confederação.

Na seara da disseminação da cultura do seguro, a CNseg se voltou para a inovação das estratégias de comunicação do setor com a sociedade, por meio da promoção do 1º Seminário de Comunicação e Marketing, em 12 de dezembro de 2019. Na ocasião, a diretora executiva da CNseg, Solange Beatriz Mendes, destacou a importância de se conhecer o imaginário e as expectativas da população em relação ao seguro: “A frustração do consumidor é o que cria a desconfiança. É preciso saber comunicar e esclarecer aspectos pouco compreendidos, como as exclusões que existem em qualquer produto do mercado segurador” (CNSEG, 2019).

A CNseg também tem mobilizado o setor para participar ativamente da Semana Nacional de Educação Financeira. Em 2019, a Confederação organizou palestras que reuniram mais de 400 pessoas no auditório da sua sede, e transmitiu as primeiras entrevistas em tempo real de seu estúdio – uma solução inovadora que aproximou o setor dos internautas, quando ninguém imaginava ainda que o mundo seria assolado pela pandemia do novo coronavírus.

Com a chegada da pandemia e a adoção das medidas de isolamento social, os tradicionais eventos presenciais da Semana Nacional de Educação Financeira foram substituídos por webinars e pela produção de conteúdos digitais. O novo contexto demandou uma rápida reinvenção da estratégia de comunicação. Somente em 2020 foram realizadas 19 transmissões para o público em geral. Outra importante iniciativa do Programa de Educação em Seguros foi o lançamento da série Segura aí, no Canal CNseg, no Youtube, em 18 de novembro de 2021, com o fim de ampliar o conhecimento da população sobre o benefício do seguro para pessoas físicas.

Em 2021, a Confederação passou a divulgar em seu site institucional o Ranking do Setor de Seguros, que estrutura o ranking de arrecadação por segmentos e ramos. A iniciativa visa informar a sociedade sobre o desempenho do setor e suas mudanças, e ampliar ao máximo o acesso a informações analíticas que auxiliem especialistas, pesquisadores e consumidores.

Ainda no campo da disseminação de informações qualificadas sobre seguros, a Confederação inaugurou um novo ciclo de Colóquios de Proteção do Consumidor de Seguros, depois de percorrer as cinco regiões do país, entre 2015 e 2018:

 

A dinâmica dos Colóquios consiste em encontros entre representantes de lideranças regionais dos Procons e representantes de seguradoras, com amplo espaço para debate. As principais questões levantadas pelos Procons são incorporadas em um plano de ação e, alguns meses após o Colóquio, realiza-se uma reunião de retorno com o objetivo de apresentar as medidas tomadas pelo mercado e os esclarecimentos sobre as questões levantadas pelas entidades (RELATÓRIO 2019 – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS SEGURADORAS, 2020, p.43)

 

Em novembro de 2019, a CNseg lançou o “Boletim informativo para Procons, uma publicação mensal que fornece esclarecimento técnico às entidades de defesa do consumidor. Ao longo de 2020, liderou debates sobre o processo de adaptação do setor às demandas regulatórias, com destaque para o seminário virtual “O Novo Marco Regulatório de Conduta e Atendimento e o Papel das Ouvidorias de Seguros”, que recebeu quase 90 mil visualizações na fanpage da Confederação. Em 2021, a CNseg marcou presença no 15º Congresso Brasileiro de Direito do Consumidor – uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon) – com a participação de Solange Beatriz Mendes no painel “Seguros e Proteção do Consumidor”, no dia 26 de novembro.

Em resposta à crescente ameaça aos direitos do consumidor, a CNseg também não mediu esforços em esclarecer a população sobre o mercado marginal de seguros de automóveis, responsável pela comercialização da chamada “proteção veicular”. A CNseg, as Federações que a compõe, os Sindicatos das Seguradoras, Sinapp, Fenacor, e Sindicatos dos Corretores de Seguros, desenvolveram uma série de ações com o fim de alertar a população sobre o perigo das associações de proteção veicular. Integram a iniciativa o site https://www.seguroautosim.com.br, vídeos, e a cartilha “Proteção veicular não garante proteção”. A publicação esclarece que as associações de proteção veicular não têm o Código de Defesa do Consumidor como princípio norteador, não admitem a fiscalização pelo Poder Público, e entendem que não estão sujeitas ao pagamento de tributos.

Em entrevista concedida à jornalista Mara Luquet, o presidente da CNseg afirmou que a proteção veicular “é claramente um retrocesso porque já existiu no passado e não deu certo, exatamente por trazer prejuízo aos participantes”. O executivo destaca que este modelo de operação se baseia no pagamento de uma mensalidade fixa e no pagamento de um valor adicional variável, o rateio, que serve para cobrir as indenizações caso a reserva da associação não seja capaz de cobrir o dano (BANDNEWS FM, 2021).

Em 09 de agosto de 2021, Marcio Coriolano falou ao jornal “Repórter Brasil”, da TV Brasil, e elucidou as diferenças entre a proteção veicular e o seguro tradicional: “Nós temos que esclarecer a população para que ela não compre gato por lebre. Que ela possa saber que aquilo que ela está comprando pode não dar as mesmas proteções que ela teria se contratasse o seguro”, destacou (TV BRASIL, 2021). O tema também foi debatido no painel “Seguro Auto x Proteção Veicular” da Conseguro 2021. Luiz Tavares, diretor executivo da CNseg e moderador do evento, ratificou que a rápida expansão das associações de proteção veicular é um retrocesso, e que este fenômeno econômico-social não pode ser ignorado.

O exercício irregular da atividade seguradora também foi debatido no 4º Seminário Jurídico, celebrado em 29 de novembro de 2021. O evento é uma iniciativa da CNseg e da Revista Justiça & Cidadania e tem o objetivo de aprofundar o diálogo entre magistrados e dirigentes do setor de seguros. A abertura do encontro contou com a participação do presidente do STJ, Humberto Martins, e do presidente da CNseg, Marcio Coriolano. A Confederação reiterou que “além de caracterizar concorrência desleal em relação às seguradoras regulares, a prática coloca seus usuários em posição de insegurança, sem amparo das normas previstas no Código de Defesa do Consumidor” (CNSEG EM AÇÃO, nº 188, 2021, p.27).

O 1º Seminário Jurídico foi celebrado em 13 de dezembro de 2018, no Rio de Janeiro, e tratou sobre o seguro garantia judicial e a saúde suplementar. A segunda edição do evento foi realizada em 20 de novembro de 2019, em Brasília. O controle judicial dos atos administrativos da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, a incorporação de tecnologias, medicina baseada em evidências, índice de reajuste da previdência complementar, prescrição dos contratos de seguros, e as responsabilidades do motorista embriagado que se envolve em acidentes, estiveram entre os principais temas debatidos no encontro. Já o 3º Seminário Jurídico de Seguros abordou cláusulas de invalidez no seguro de vida na visão do STJ, rol de procedimentos da saúde suplementar, e seguro habitacional e a repercussão 1.011 do STF, nos dias 04, 11 e 18 de novembro de 2020.

O compromisso da CNseg com a sociedade também foi materializado através do exercício da sua Responsabilidade Ambiental, Social e de Governança, que foi expressa na sua Missão, Visão e Valores, lançada em 2019. Naquele mesmo ano, a Confederação patrocinou a Mesa-Redonda Regional da Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-FI), que aconteceu em São Paulo (SP), em 15 de outubro. O evento contou com a abertura do superintendente de Relações de Consumo e Sustentabilidade da CNseg, Pedro Pinheiro, e da vice-presidente de Capital Humano, Administrativo e Sustentabilidade da SulAmérica Seguros e presidente da Comissão de RH da CNseg, Patricia Coimbra.

A relevância da integração de questões Ambientais, Sociais e de Governança – ASG nas decisões de investimentos das empresas de seguros foi abordada no webinar sobre “investimento de impacto”, realizado em 22 de julho de 2020. A publicação do Roadmap de Sustentabilidade do Setor de Seguros (2021-2023), desenvolvido em parceria com a UNEP FI na América Latina, foi outra importante conquista.

Em entrevista veiculada pelo jornal Estadão, Solange Beatriz Mendes destacou que “daqui a alguns anos, a tendência é que as seguradoras passem a avaliar essas métricas cuidadosamente – não apenas no que tange à questão de meio ambiente – antes de emitirem uma apólice, tornando-se balizadoras que vão validar se uma empresa realmente é ASG, ou se apenas adota o discurso, o chamado greenwashing” (ESTADÃO, 2021).

Os impactos dos riscos ASG na atividade seguradora foi tema do painel “ASG – A agenda do futuro já começou” da Conseguro 2021. Moderado por Marcio Coriolano, o encontro reuniu Cindy Shimoide, Head of Multi-Asset Portfolio & Investment Consulting for Latin America da BlackRock, Carlos Pereira, diretor executivo da Pacto Global da ONU, Caio Madgri, diretor-presidente do Instituto ETHOS, e Rogério Studart, Senior Fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais – CEBRI.

A Confederação debateu ainda os desafios climáticos em evento organizado pela Febraban, em 27 de outubro de 2021. O encontro reuniu especialistas para discutir as iniciativas de neutralização de emissões de gases de efeito estufa no setor bancário, chamadas de Net Zero, a partir de reflexões e práticas baseadas na ciência do clima.

A CNseg também apoia institucionalmente o estudo conduzido por pesquisadores do Programa de Planejamento Energético da Coppe e da Coppead da UFRJ, que tem por objetivo avaliar a evolução da gestão de riscos Ambientais, Sociais e de Governança, com ênfase em riscos climáticos, no setor de seguros brasileiro.

A Responsabilidade Ambiental, Social e de Governança também ganhou destaque no Calendário CNseg 2022, que foi enviado para todos os colaboradores, membros das Comissões Temáticas e dos Conselhos da Confederação, além de representantes de instituições como Susep, ANS, ENS, Procons, entre outros. A publicação apresenta a cada mês conceitos relacionados a Sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, pegada de carbono e greenwashing.

No campo social, Diversidade e Inclusão tiveram protagonismo na agenda de trabalho da CNseg, que entende que é mister incorporar esta pauta nos diálogos e no quadro de talentos do setor. Em 2019, Solange Beatriz Mendes lançou o Dia de Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros”, durante a 5ª edição do Festival Dive In para Diversidade e Inclusão em Seguros. Desde então, a data é celebrada anualmente em todo 25 de setembro. A iniciativa foi desenvolvida pelo Grupo de Trabalho de Diversidade e Inclusão e pela Comissão de Recursos Humanos da CNseg, e contou com a aprovação e o entusiasmo do Conselho Diretor da Confederação.

O webinar “O Papel das Empresas para a Urgente Superação do Racismo na Sociedade Brasileira” esteve entre as ações que marcaram o Dia da Diversidade e Inclusão, em 25 de setembro de 2020. O tema também foi destaque na Conseguro 2021, com o painel “Diversidade & Inclusão: por que é importante falar sobre isso?”.

Entre as ações que marcaram a celebração do Dia da Diversidade e Inclusão em 2021, está o debate mediado por Solange Beatriz Mendes que reuniu Valéria Schmitke, advogada e presidente do Instituto pela Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros – Idis, e Marcelo Leite, executivo de RH da Brasilprev, no programa SeguroCast, da Rádio CNseg.

Para Solange Beatriz Mendes, “o Dia da Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros marca um compromisso público do setor, um caminho sem volta com um ambiente diverso, igualitário e inclusivo. É o chamamento à promoção de igualdade nos quadros das empresas, de tratamento justo entre pessoas, de fomento a um ambiente de trabalho respeitoso, seguro e saudável”, destacou (CNSEG, 2021).

Por sua vez, o Centro de Documentação e Memória do Mercado Segurador – CEDOM publicou o artigo “Diversidade e Inclusão: É importante falar sobre isso!”, cujo título faz clara alusão ao painel da Conseguro 2021. O estudo apresenta o histórico das contribuições da Confederação em prol da promoção da diversidade e inclusão no setor.

Desde 2021, a CNseg coleta dados nacionais relacionados à diversidade e à inclusão das oito regiões sindicais do setor de seguros, com o fim de suprir dirigentes, associadas e a sociedade em geral com métricas que permitam avaliar o andamento das políticas de diversidade e de inclusão nestas localidades. Concluída a etapa de coleta, os dados serão divulgados nas novas edições do Relatório de Sustentabilidade. Esta iniciativa é mais uma ação do projeto Sinergias entre Confederação e Sindicatos de Seguradoras, que visa obter todas as sinergias que estimulem a coordenação compartilhada da estratégia representativa em nível nacional, afirma a CNseg (CNSEG EM AÇÃO, nº 179, 2021, p.18). A segunda etapa do projeto foi inaugurada em 02 de março de 2020, durante reunião de Marcio Coriolano com os presidentes dos Sindicatos das Seguradoras. A padronização de procedimentos operacionais, a redução de custos e o incremento da interlocução entre os entes representativos do setor, estão entre os principais objetivos do projeto.

Marcio Coriolano conduziu a Confederação em um contexto de acentuadas transformações geradas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs, e promoveu debates sobre inovação e sobre um importante ponto de inflexão na história recente do setor: o Open Insurance, que consiste na aplicação da inovação aberta no setor de seguros.

A inovação aberta (open innovation) fundamenta-se na noção de que o processo de inovação e de construção do conhecimento não se dá de forma isolada, mas coletiva e mediada pelas tecnologias da informação, e permite que uma empresa combine os seus recursos com colaboradores externos e busque soluções além das suas próprias fronteiras.

No mercado de seguros, a inovação aberta ocorre por meio “do compartilhamento de serviços e dados das seguradoras e outras organizações, com o objetivo de serem criados serviços, aplicativos e modelos de negócios inovadores”, explica a CNseg. Neste universo, os dados são compartilhados por meio de arquiteturas abertas de APIs (Interface de Programação de Aplicações, em português) que viabilizam a integração entre sistemas (CNSEG, 2019, p. 48).

O Open Insurance começou oficialmente em 15 de dezembro de 2021. Nesta primeira etapa foram compartilhados dados sobre canais de atendimento e produtos de seguros, previdência complementar aberta e capitalização. Marcio Coriolano destaca que apesar da cultura de inovação aberta contribuir para a manutenção da competitividade, os produtos e serviços do mercado de seguros não podem ser equiparados aos produtos bancários, e que é preciso que a norma regulatória seja repensada e adaptada às especificidades do setor.

O executivo ressalta que os normativos do Banco Central foram inspirados nos fundamentos da União Europeia, e que não observam as diferenças estruturais e funcionais entre o Open Banking e o sistema aberto de seguros:

Não se pode comparar um ativo financeiro com um produto de previdência, vida ou grandes riscos. O grau de complexidade destes é muito maior. Assim como o grau de fidelidade e portabilidade é diferente. É mais difícil haver uma migração de pessoas entre instituições bancárias, pela fidelidade. No seguro não. A cada ano que vou renovar o meu seguro de automóvel, eu repenso qual vai ser a minha seguradora. São espaços competitivos completamente diferentes”, afirmou o executivo em debate promovido pelo Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindseg N/NE), em 07 de outubro de 2021 (CORIOLANO, 2021).

Apesar dos desafios do tempo presente “o setor de seguros tem demonstrado organização, governança, maturidade, muita tecnologia embarcada e entusiasmo para realizar o seu papel na sociedade e contribuir para o país”, afirma Marcio Coriolano (CNSEG EM AÇÃO, nº 189, 2021, p.23).

Assim como a Confederação esteve na vanguarda da revolução tecnológica que marcou a virada do século XX para o século XXI, no presente ela conduz o setor em meio à quarta revolução industrial, marcada não só pela emergência do Open Insurance como também da Inteligência Artificial, que já está presente em canais de atendimento de empresas do setor, do Blockchain, que permite o registro e rastreamento de informações de maneira transparente e imediata, reduzindo riscos e custos para todos os envolvidos; do Big Data, que consiste em técnicas avançadas de análise de conjuntos de dados muito grandes cuja capacidade de captura, processamento e gerenciamento está muito além da capacidade dos bancos de dados tradicionais; e da Telemetria, que permite o monitoramento de veículos à distância via sinais de rádio ou satélite e a coleta de dados sobre o consumo de combustível, localização, e performance do veículo, que podem auxiliar as seguradoras na análise do comportamento do condutor e na construção de avaliações de risco mais personalizadas. Estas tendências devem nortear o mercado de seguros pelos próximos anos, e vão ao encontro das demandas de um novo perfil de consumidor.

Com vistas a garantir a representatividade da CNseg nos diversos fóruns e a atuar nas relações nacional e internacionais, representando os interesses de suas empresas associadas dos setores de Seguros, Previdência Complementar Aberta, Capitalização e Saúde Suplementar, a CNseg participa e interage com diversas organizações multilaterais, entre elas: associações de mercado, organismos de supervisão internacional e entidades temáticas representativas do setor.

Em setembro de 2020 o Conselho Diretor da CNseg aprovou a criação do Comitê Interno de Relações Internacionais da CNseg, com o objetivo de estruturar o relacionamento internacional da CNseg, coordenado pela Superintendência de Relações de Consumo e Sustentabilidade (SUREC), possibilitando o compartilhamento de informações e o encaminhamento dos posicionamentos à deliberação do Comitê Gestor.

Em dezembro de 2020, a CNseg foi eleita para integrar o Conselho da Presidência da Federación Interamericana de Empresas de Seguros (Fides) – organização sem fins lucrativos que congrega as associações representativas do setor de seguros de 16 países da América Latina, além dos Estados Unidos da América e Espanha. Ocupando o cargo de segundo Vice-Presidente do Conselho Marcio Coriolano, passou a presidir a Comissão Regional Sul da Fides, composta por cinco representações da Região: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. Coriolano declarou que

“além da satisfação e orgulho pela indicação da CNseg integrar o Conselho da Presidência, representando um conjunto de Países tão expressivos da Fides, é de uma enorme responsabilidade para todos nós brasileiros. Há evidentes objetivos comuns para garantir a sustentabilidade do sistema privado de seguros em escala continental. É uma oportunidade de interação que não podemos desperdiçar” (LUBIATO, 2021).

A CNseg disponibiliza em seu portal a lista e a descrição dos principais fóruns internacionais. Para listagem completa, clique aqui.

Em 28 de janeiro de 2022, foi divulgada a chapa única para as eleições do Conselho Diretor da Fenaseg e da CNseg. As eleições ocorreram em 09 de março, e o novo mandato teve início em 30 abril. O executivo Roberto de Souza Santos, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Porto Seguro S.A., foi eleito presidente do Conselho, e conta com três vice-presidentes, quatro vice-presidentes natos, que são os Presidentes das Federações associadas, e 17 diretores do colegiado superior (CNSEG, 2022).

O economista e ex-Ministro Dyogo Henrique de Oliveira assumiu o cargo de Diretor-Presidente Executivo da CNseg e, tendo como base o legado da gestão de Marcio Coriolano, que formalizou antecipadamente a sua decisão de não prosseguir à frente da presidência da CNseg, seguirá avançando neste cenário disruptivo. A posse da nova Diretoria foi celebrada no dia 26 de abril, em São Paulo (CNSEG, 2022).

Outro importante debate que terá continuidade na nova gestão (2022-2025) é a Reforma Tributária, que ganha cada vez maior relevância em um contexto marcado pelos reflexos da pandemia. Para a reconquista da confiança dos investidores, é essencial a sua implementação, assim como de outras reformas estruturais. A retomada do crescimento econômico também passa pela desaceleração dos gastos públicos, que subiram exponencialmente no contexto pandêmico, e pela redução da taxa de desemprego. A expectativa do setor de seguros em relação à Reforma Tributária é que haja a simplificação e a racionalização dos impostos, tendo como fim o estímulo à produtividade e o crescimento econômico (REVISTA DE SEGUROS, ano 93, nº 913, Abril-Junho de 2020, p.36-38).

Conselho Diretor eleito para o mandato 2019 – 2022

Conselho Diretor eleito para o mandato 2016 – 2019

 

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