Iniciativa
CNSeg - Confederação Nacional das Seguradoras

Conseguro, fortalecendo o mercado de seguros há quase sete décadas 

A 1ª Conferência Brasileira de Seguros Privados foi realizada em 1953, no mesmo ano em que a Fenaseg foi oficialmente reconhecida pelo Ministério do Trabalho, e que o prazo para a transferência do seguro de acidentes do trabalho para a competência do Estado chegava ao fim. A iniciativa do Sindicato das Empresas de Seguros do Rio de Janeiro foi concretizada com o apoio dos demais Sindicatos, e expressava a forte tendência de integração do mercado de seguros frente à crescente intervenção estatal. O destaque “CNseg: 70 anos fazendo história”, que abriu a série que celebra a trajetória de 70 anos da Confederação, demonstra como esta tendência foi iniciada com a formação do “Clube da Bolinha”, em 1948, e se consolidou com a instituição da Fenaseg, em 1951, tendo ganhado capilaridade por meio das Conferências, conforme veremos a seguir.

A primeira edição da Conferência Brasileira de Seguros Privados aconteceu no Rio de Janeiro, entre os dias 24 e 28 de agosto de 1953. Durante o encontro foram debatidas teses sobre Direito, Atuária, Economia, Medicina e Contabilidade, além do grande tema em questão, o monopólio estatal do seguro de acidentes do trabalho, conforme destacou a edição de 18 de agosto de 1953 do jornal Correio da Manhã: “A política intervencionista será objeto de estudos. Nenhum outro setor de atividade econômica do país tem sido tão fortemente visado por esse intervencionismo que só poderá trazer prejuízos para o desenvolvimento do país” (CORREIO DA MANHÃ, 1953, p. 17).

A mídia impressa se encarregou da divulgação dos objetivos do encontro e ressaltou as contribuições do seguro para o desenvolvimento do Brasil:

 

Problemas técnicos, econômicos, e sociais diretamente relacionados com o seguro privado, vão ser objeto de amplo debate afim de serem adotadas conclusões capazes de indicar soluções adequadas e satisfatórias, em perfeita consonância com os superiores interesses nacionais.

Nessa oportunidade, mais uma vez se demonstrará a efetiva e acentuada participação do seguro privado no desenvolvimento da economia brasileira e a sua relevante função protetora das nossas riquezas e das iniciativas que visam realizações de progresso e de bem-estar social (JORNAL DO COMMERCIO, 1953, p. 15).

 

O encontro contou com o envolvimento de importantes personagens da história da CNseg, quando ainda operava como Fenaseg, como Carlos Coimbra da Luz, responsável pela organização da Federação entre 1951 e 1954, Vicente de Paulo Galliez, que esteve à frente da Fenaseg entre 1954 e 1956 e, posteriormente, entre 1964 e 1966, e Ângelo Mario Cerne, que comandou a entidade ao longo de quatro mandatos que se estenderam entre 1956 e 1962 e 1966 e 1968. Estas três destacadas personalidades do seguro desempenharam, respectivamente, as funções de 2º vice-presidente, presidente, e secretário-geral, na Mesa Diretora da Conferência.

A adesão do segmento de Capitalização fez com que o nome do encontro bienal fosse alterado para Conferência Brasileira de Seguros Privados e Capitalização, a partir de 1955. Desde a sua primeira edição, a Conferência adotou um sistema de rodízio, tendo sido sediada pelos Sindicatos das Empresas de Seguros do Rio de Janeiro (1953), São Paulo (1955), Rio Grande do Sul (1957), e Minas Gerais (1959), ao longo dos anos 50.

Ao descrever a edição que encerrou a década, o redator chefe da Revista de Seguros, David Campista Filho, afirmou que era possível sentir

nas palavras dos oradores que ilustraram as reuniões, a ressonância da inquietude que envolve o seguro privado sob a sombra ameaçadora das estatizações. 

(…) Nessa fase aguda de nacionalismo em que cresce o delírio das estatizações, os perigos para a livre empresa recrudescem (…) Assim continua flagrante nos domínios do seguro o temeroso receio das nacionalizações, dos monopólios nativistas, das estatizações fecundas de empregos e estéreis de resultados.

(…) No desenrolar do rito da Conferência, nitidamente soava como refrão a incontrastável afirmativa do princípio da livre empresa (REVISTA DE SEGUROS, 1959, p. 11).

Após a intensa experiência de industrialização que marcou o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), o Brasil registrou elevação substancial do patamar inflacionário nos anos seguintes, que impactou severamente o setor de seguros. A celebração da 5ª edição da Conferência Brasileira de Seguros Privados e Capitalização, realizada em setembro de 1965, se inseriu em um contexto marcado pela execução de políticas de estabilização pautadas no controle de preços, no equilíbrio das finanças do Governo e na redução dos salários reais, conforme registrou a edição de agosto de 1965 da Revista de Seguros:

 

O mercado de seguros, por sinal um dos mais vulneráveis à ação deletéria do processo inflacionário, não poderia ficar ilhado em meio à desordem financeira que se instalou, nem a salvo de todas as distorções e deformações que se difundiram pelo organismo econômico nacional.

(…) os seguradores encontram agora uma oportunidade única para a recuperação da sua atividade, em face dos rumos que a ação do governo está imprimindo à economia do país, com vistas à estabilização dos preços da moeda.

(…) a 5ª Conferência de Seguros, a instalar-se na próxima semana, tem um grande papel a cumprir na história do mercado segurador nacional, cabendo-lhe fixar as linhas mestras da política de restauração desse mercado (REVISTA DE SEGUROS, 1965, p.15).

A Conferência Brasileira de Seguros Privados e Capitalização prosseguiu até 1988, e após um novo intervalo de doze anos foi retomada pelo presidente da Fenaseg, João Elísio Ferraz de Campos, agora com um nome ainda mais abrangente: Conferência Brasileira de Seguros, Resseguros, Previdência Privada e Capitalização – Conseguro.  A partir deste tópico resgatamos a história das dez últimas edições da Conseguro, considerada o maior evento do setor segurador.

A 1ª. edição da nova CONSEGURO, realizada no Rio de Janeiro, de 10 a 13 de setembro de 2000, foi concebida em um cenário marcado pela ascensão da internet como novo motor da economia mundial, e pela emergência de um novo perfil de consumidor, mais consciente e exigente: “Valerá agora a qualidade do produto e a forma como será apresentado. Os negócios via internet são os que irão mexer mais com a cabeça dos profissionais de seguros e consumidores”, afirmou João Gilberto Possiede, em entrevista à edição nº 832 da Revista de Seguros (REVISTA DE SEGUROS, 2000, p.11).

Ainda nesta edição, José Américo Peón de Sá, coordenador geral da Conferência, vislumbrou o seguro contra riscos cibernéticos quando o tema ainda soava demasiadamente futurista, digno de uma boa trama de ficção científica: “Na informática, com o tempo, não duvide que haverá interesse pela ação dos hackers. Ainda é prematuro um seguro contra eles, mas vai acabar acontecendo” (REVISTA DE SEGUROS, 2000, p. 6).

Exatos vinte anos mais tarde, a profecia de Peón de Sá se cumpria. A aceleração da digitalização dos processos operacionais impulsionada pela pandemia de Covid-19, e a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD (Lei 13.709/18), reforçaram a necessidade de proteção contra os crescentes ataques de hackers. Segundo dados divulgados pela edição nº 34 da Conjuntura CNseg, no acumulado de janeiro a setembro de 2020 o volume de prêmios do seguro para cobertura de Cyber Risks cresceu 72,5%, na comparação com o mesmo período de 2019 (CONJUNTURA CNSEG, 2020, p.4).

De acordo com o Informe Anual da CNseg, os resultados da 1ª. Conseguro impressionaram:

não só em termos quantitativos – 1.350 participantes, 53 palestrantes, 67 debatedores, 37 temas, como qualitativos. Na análise do desempenho do setor de seguros, tanto quanto na sondagem de suas perspectivas, nada escapou, na abordagem dos temas discutidos, que pudesse servir-lhe ao aperfeiçoamento e à expansão. Justamente por serem esses os meios indispensáveis à realização do grande objetivo do mercado: servir ao desenvolvimento econômico do País e à promoção do bem-estar social (INFORME ANUAL, 2003, p. 20)

 

Entre os fatos que marcaram a vida institucional do mercado segurador no segundo semestre de 2003, destaca-se a realização da 2ª Conseguro, geralmente realizada em setembro, a Conferência foi transferida para os dias 24, 25 e 26 de novembro, para possibilitar a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O evento, realizado no Hotel Sofitel, no Rio de Janeiro, contou com a participação de 1.400 profissionais de empresas de seguros, resseguros, previdência privada e capitalização e palestrantes internacionais (INFORME 2004, p. 4).

Na agenda, cinco palestras e 30 workshops técnicos, compreendia, entre outros temas de atualidade do mercado segurador brasileiro, os debates sobre a questão da ética e transparência nas relações de consumo; os novos valores a serem incorporados às rotinas de produção e comercialização de produtos; a inclusão social por meio da criação de mecanismos que propiciassem a melhoria dos níveis de renda da população; a fraude contra o seguro e as transformações de natureza social e econômica naquele início de milênio.

A palestra sobre “Trabalho Físico, Executivo e Criativo”, apresentada por Domenico de Masi, foi coordenada por Nilton Molina, da Icatu Hartford, foi uma das mais concorridas. O sociólogo italiano é conhecido por defender que o ócio pode muitas vezes ser bastante produtivo. Para ele, conquistar clientes não implica em trabalhar exaustivamente, mas sim ter ideias inovadoras que levem à novas formas de executar tarefas e, para isso, “é preciso mudar o paradigma do trabalho […] que no século XXI ainda conta com as relações construídas com a Revolução Industrial” (MERCADO ASEGURADOR, 2003).

Os inscritos também aguardaram ansiosos pelas palestras de Allison Midleton, da Loma, – “A Formação do Novo Profissional de Seguros” e de John Rooney, da Jones Walker, sobre “Arbitragem”. Entre os palestrantes, o publicitário Nizan Guanaes, o escritor Zuenir Ventura, a jornalista econômica Miriam Leitão e o professor da USP Helio Zylbertajn, além de outros especialistas estrangeiros como Keith Shoryer (XL Latin American), Micaela Cojucaru (Munich Re) e Sonia Gals (Associação Panamericana de Fianças e Garantia).O evento foi considerado um sucesso absoluto por sua escolha de temas e de palestrantes.

A 3ª. Conseguro, realizada no período de 8 a 10 de novembro de 2005, no Centro de Convenções do Grand Hyatt, em São Paulo, teve o patrocínio da Funenseg e do Banco Itaú, e o apoio da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) e da Fenacor e reuniu cerca de mil pessoas. Participaram executivos de empresas, personalidades do mercado segurador brasileiro e especialistas – renomados palestrantes nacionais e internacionais e autoridades Governamentais.

Convidado a proferir a palestra inaugural, o ex-ministro da Fazenda e economista, Antonio Delfim Netto, falou sobre os desafios da economia e os principais pontos que o País precisa enfrentar para voltar a crescer. O segundo dia, o painel sobre a influência do “Ambiente socioeconômico no Brasil”, coordenado pelo presidente do Grupo Bradesco Seguros e Previdência, Luiz Carlos Trabuco Cappi, trouxe para o debate a economista Eliana Cardoso que disse acreditar no crescimento acelerado do setor, eis que as agendas do Brasil e do mercado caminham juntas.

O tema central “O mercado segurador brasileiro em ambiente de transformação”, norteou os 35 painéis e as cinco palestras que fizeram parte da ampla programação da Conferência. Foram discutidas desde questões relacionadas as “mudanças climáticas até as consequências dos atentados terroristas, vistas como ameaça à segurança pessoal, patrimonial e institucional. Também foram discutidas políticas de combate à fraude e ao crime organizado, abertura do resseguro e desenvolvimento de novas tecnologias.” (INFORME 2006, p. 7). Os organizadores inovaram com a criação de uma pesquisa interativa sobre os temas de maior interesse disponibilizada no site da Conferência.

Para Antônio Cássio dos Santos, coordenador do Comitê Organizador Conferência e presidente da Mapfre Seguradora, a 3ª Conseguro significará um marco para o mercado. `Vivemos em um momento de grandes decisões. E esta é a hora de refletirmos, em conjunto, quais serão as metas e onde queremos estar daqui a alguns anos`, analisa o executivo (REVISTA COBERTURA, 2005)

Realizada no período de 12 a 14 de setembro de 2007, no Rio de Janeiro, a 4ª Conseguro, contou com mais de 600 participantes, a abertura do evento foi realizada pelo então Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, convidado pessoalmente por João Elisio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg, em visita ao Palácio do Planalto. Prestigiaram o evento o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno e de Fazenda, Joaquim Levy e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Ao dar as boas-vindas aos participantes, o presidente do Comitê Organizador, Nilton Molina, disse que o objetivo da conferência é estimular a discussão e a reflexão de temas fundamentais para o cenário que se avizinha, caracterizado por mudanças significativas como a quebra do monopólio e o aumento de renda da população brasileira, o que vai demandar a criação de novos produtos e serviços para atender a classes que, até então, tinham pouco ou nenhum acesso ao seguro (CNseg, 2007).

Ressaltando a responsabilidade social do mercado segurador em seu discurso, João Elisio Campos, reforçou que “Tudo o que for bom para a sociedade brasileira será bom para o mercado segurador, assim como tudo o que for bom para nós seguradores, deve, antes e necessariamente, ser bom para a sociedade” (CNseg, 2007).

Norteados pelo tema central, “As oportunidades num mercado aberto e as experiências de sucesso rumo ao desenvolvimento”, líderes do mercado de seguros, resseguradores, corretores, executivos empresariais, personalidades do poder público, ambientalistas e especialistas estrangeiros refletiram e debateram temas importantes para os cenários social e econômico brasileiro, com destaque para a palestra do ex-prefeito de Bogotá, capital da Colômbia, e presidente da Corporación Corpovisionarios por Colombia, professor Antanas Mockus, responsável por um programa baseado em ações  que ajudaram na redução dos índices de criminalidade e na construção da paz, em Bogotá

O evento ocorreu em um ano marcado por dois acontecimentos importantes para o setor: a abertura do mercado de resseguros e o novo modelo de representação institucional espelhado, que se iniciou com a criação das quatros Federações: Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e Federação Nacional de Capitalização (FenaCap) e se consolidou com a fundação da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), como entidade representativa do mercado segurador, cabendo à Federação Nacional de Seguros (Fenaseg), a função de entidade sindical superior, com as atribuições de coordenar, proteger, congregar e representar os nove Sindicatos filiados e as categorias econômicas do seguro privado, da capitalização e da previdência complementar aberta.

Em três dias, o evento ofereceu oito palestras, dois fóruns e uma oficina, além de 20 expositores e debatedores para levar informações e reflexões sobre assuntos que afetam o custo do seguro. As atenções se concentraram em conceitos como popularização, “customização”, ampliação da base consumidora, divulgação das modalidades de seguro, avaliação do sistema de saúde, suo racional da tecnologia e aumento do resseguro. Fatores como alterações climáticas, mudanças demográficas e violência urbana também não foram esquecidos (JCS, pág. 7, 2007).

A partir de 2011, a Conseguro passou a ser coordenada, por Solange Beatriz Mendes, diretora executiva da CNseg, que deu ao evento um viés cada vez mais estratégico e inovador, com o objetivo de ampliar a visibilidade de um setor importante para o desenvolvimento econômico e social do país.

O evento, passou a ter ênfase no consumidor de seguro, foco da missão e do trabalho da Confederação, reunindo em torno dos debates representantes de entidades de defesa do consumidor, representantes governamentais e da sociedade civil, representantes do mercado segurador, além de especialistas internacionais e nacionais dos mais diversos setores e campos do saber. As mudanças transformaram a Conseguro em um marco na história e na memória da instituição e do mercado segurador.

A 5ª. edição da Conseguro, realizada nos dias 08 e 09 de junho de 2011, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, centro das decisões políticas do País, teve como tema principal “O Consumidor do Futuro”. A solenidade de abertura foi prestigiada com a participação do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) que, em discurso, elogiou a CNseg pela realização do evento. “Esta é uma oportunidade valiosa para aproximar as empresas seguradoras da sociedade civil, fortalecer o diálogo e intensificar a troca de boas ideias e práticas que fazem do mercado segurador brasileiro um setor estratégico para o desenvolvimento do Brasil”, destacou (CNseg, 2011).

A programação contou com 11 painéis de debates e reuniu importantes palestrantes e debatedores em torno de temas estratégicos para o mercado segurador, como por exemplo: Regulação, Concorrência e Consumidor, com o painel “A regulação pela perspectiva do consumidor”, que teve como palestrante o presidente do banco Morgan Stanley Brasil e ex-secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Daniel Goldberg e Solvência II, como o painel “Experiência e tendências na Europa” que contou a participação da diretora executiva do European Insurance and Reinsurance Federation – CEA, Michaela Koller, como palestrante.

Conforme destacou Jorge Hilário, presidente da CNseg para o triênio 2010-2013, “As seguradoras brasileiras precisam superar entraves regulatórios para ganhar competitividade no mercado mundial. Ainda podemos avançar na condição de pilar de sustentação do desenvolvimento” (REVISTA DE SEGUROS, 2011, p. 9).

Marcando o caráter inovador da organização do evento, destaca-se a instalação do ‘Espaço perspectiva do seguro’ ou ‘Corredor do Futuro’, como foi apelidado, “passagem obrigatória para os participantes, que se deparavam com paredes transformadas em telas gigantes, onde eram projetadas imagens e informações sobre o mercado, a economia e a sociedade brasileira”. De acordo com o organizador, essa coletânea de dados deveria “cumprir a tarefa de estimular o mercado a inovar e se inspirar para enfrentar os novos desafios (REVISTA DE SEGUROS, 2011, p.4 e p.25).

Os painéis, propostas de debates e conclusões podem ser vistos na Revista de Seguros.  Edição Especial, ano 88 nº 877 abril/ maio/ junho de 2011.

Realizada em 2016, nos dias 22 e 23 de outubro, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, a 6ª. Conseguro teve como tema central “A Visão do Mercado Segurador em 2025”, palco de debate da atividade seguradora e das perspectivas do setor frente a cenários de significativas mudanças ocorridas no Brasil e no mundo, relacionadas ao clima, economia, tecnologia, canais de comunicação, mobilidade social e as expectativas dos consumidores. Participaram do evento executivos do setor, além de representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, economistas, sociólogos, pesquisadores e agentes do setor.

Dois vídeos apresentados na abertura do evento deram o tom dos debates No primeiro, “O futuro se faz com ações presentes e 2025 é agora”, a atriz Fernanda Montenegro, frisou “tudo vai mudar”. No segundo, foram apresentadas as oportunidades de negócios para a indústria brasileira de seguros em 2025.

Marco Antonio Rossi, presidente da Confederação, à época, declarou:

“Vou dormir mais preocupado diante de tantos desafios apresentados pela PWC. A tecnologia mudou demais as nossas vidas. O grande desafio está em como usar o banco de dados com as informações que as companhias têm dos clientes, para ofertar o produto certo, no canal certo e no momento certo. Sabemos que temos inúmeras oportunidades somente com a interação dos produtos” (ROSSI,  2013).

Com o objetivo de ampliar ainda mais os debates sobre a indústria do seguro e com o compromisso constante de inovação, a 7ª Conseguro, realizada nos dias 15, 16 e 17 de setembro de 2015, em São Paulo, no WTC World Trade Center, cujo tema central foi “A evolução do mercado segurador”, modificou o seu formato e, pela primeira vez, incorporou o projeto “Eventos Reunidos”, que contemplou tradicionais eventos do mercado segurador que constituem a agenda de trabalho da Confederação. São eles: o 4º encontro Nacional de Atuários (ENA), o Seminário de Riscos Emergentes, a 5ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros, o Seminário de Controles Internos & Compliance e o Seminário de Distribuição de Seguros.

Na solenidade de abertura, o presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, destacou que o tema central do encontro “afigura-se amplo o bastante para abranger todas as vertentes de interesse do mercado, mas suficientemente preciso para apontar uma direção: para frente. A cada CONSEGURO, enxerga-se o que faz e o que se pode e deve fazer¨ (REVISTA DE SEGUROS, 2015, p.12).

A Conferência reuniu mais de 1.000 participantes e 100 conferencistas, entre dirigentes do setor, especialistas nacionais e internacionais, autoridades e representantes do Governo, que abordaram temas relacionados ao envelhecimento global, às tendências mundiais em regulação de seguros, aos riscos emergentes do setor e à distribuição de seguros no Brasil e no mundo.

Entre os palestrantes destacam-se a presença de profissionais, autoridades governamentais e intelectuais, como: Butch Bacani, Líder do Programa dos Princípios de Sustentabilidade em Seguros da UNEP FI, que ressaltou o papel de liderança do Brasil nos PSI;  Elliot S. Fisher, Médico e Diretor do Instituto Dartmouth para Políticas de Saúde e Práticas Clínicas; Amlan Roy, Diretor Administrativo e Chefe de Pesquisas em Demografia e Pensões Globais no Credit Suisse, que ministrou a palestra ‘Como a demografia afeta o crescimento econômico; a professora e pesquisadora da Universidade de Antuérpia, na Bélgica, Suncica Vujic, que apresentou o painel ‘Correlação entre Violência, Educação e Aversão a Risco’; o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que falou sobre o novo Código de Processo Civil e o impacto na atividade empresarial; o conferencista Ph.D. Michael Sandel, filósofo político, professor de Harvard e autor do best-seller ‘O que é a coisa certa a fazer?’, que provocou a plateia durante o painel “O que é Justiça?” com questões polêmicas e contemporâneas necessárias ao êxito da democracia, os jornalistas  Carlos Alberto Sardenberger,  Cristiana Lôbo e Merval Pereira, que debateram o cenário adverso do Brasil e ressaltaram a necessidade de conscientização de todos de que o dinheiro público é do contribuinte, entre tantos outros igualmente importantes.

Para Solange Beatriz Mendes, diretora de Relações de Consumo e Comunicação da Confederação, “a representatividade do público presente às discussões demonstrou o acerto da CNseg ao decidir apresentar um desenho inovador da Conseguro” (REVISTA DE SEGUROS, 2015, p.3).

A 7ª. Conseguro rendeu à empresa Bethe B. Comunicação, organizadora do evento, o troféu “Jacaré de Prata”, na Categoria Congresso Nacional e o “Jacaré de Bronze”, na Categoria Comunicação Visual, na 16ª edição do Prêmio Caio, considerado o “Oscar dos Eventos” no Brasil.

A 8ª. Conseguro, realizada no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro, no período de 19 a 21 de setembro de 2017, debateu a forma como as empresas do mercado segurador e seus profissionais poderiam avançar em um cenário de rápida evolução tecnológica, demandas regulatórias crescentes e de constante busca pela eficiência, para oferecer aos consumidores produtos cada vez mais adequados às suas necessidades.

Participaram da cerimônia de abertura o vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. o Ministro das Cidades, Bruno Araújo; o Secretário Executivo e Ministro substituto do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia; o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, o superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Joaquim Mendanha de Ataídes, o diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca da Silva, o presidente da Fenacor, Armando Vergílio dos Santos Júnior, o presidente da FenSeg, João Francisco Borges da Costa; a presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Mendes; o presidente da FenaPrevi, Edson Luis Franco e o presidente da FenaCap, Marco Antonio da Silva Barros.

O evento reuniu 1.200 pessoas entre palestrantes nacionais e internacionais de renomada expertise, executivos e autoridades em debates que proporcionaram uma visão global do mercado segurador e a oportunidade de ampliar conhecimentos e expandir networking, em um espaço de muita interatividade.

Tendo como tema principal “O desafio da retomada do crescimento”, a Conferência reuniu palestrantes e moderadores qualificados, como por exemplo: Christopher Garman, Cientista Social e Diretor Geral da Eurasia Group; José Carlos Cardoso, Presidente do IRB Brasil RE e Leila Sterenberg, Jornalista e apresentadora do programa Arquivo N, da GloboNews que apresentaram o tema “BRASIL: UMA PERSPECTIVA GLOBAL. A palestrante Djamila Ribeiro, Ativista Social e ex-secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, a moderadora: Flávia Oliveira, Jornalista, colunista do Globo e da CBN e comentarista da GloboNews, falaram sobre “Riscos e oportunidades emergentes”, no painel “Diversidade como Diferencial Estratégico”. Os palestrantes Paulo Tafner, Economista, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) e professor e Platon Tinios, Economista e professor assistente da Universidade de Piraeus, Grécia, falaram sobre “Os novos desafios da Previdência”, tendo como moderador Edson Franco, CEO da Zurich Seguros no Brasil e Presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

Assim como na edição anterior, a Conferência deu continuidade ao projeto “Eventos Reunidos”, contando paralelamente com os eventos: 5º Encontro Nacional de Atuários (ENA); 7ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros; 11º Seminário de Controles Internos & Compliance; 2º Seminário de Riscos e Oportunidades Emergentes e com a inclusão do Insurance Service Meeting, uma novidade da edição.

A CNseg disponibilizou no site eventos.cnseg.org todas as informações sobre a 8ª. Conseguro. No site é possível fazer download das palestras, ver fotos e a programação completa.

“As Novas Fronteiras do Desenvolvimento” foi o tema central da 9ª. Conseguro, realizada nos dias 04 e 05 de setembro de 2019. O evento reuniu, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, mais de 700 participantes, entre autoridades dos Poderes Executivo e Judiciário, palestrantes nacionais e internacionais, executivos, lideranças do mercado e jornalistas.

Com uma programação repleta de debates técnicos e tendências do setor, a Conferência incorporou quatro eventos: o 13º Seminário Controles Internos & Compliance, Auditoria e Gestão de Riscos; a 9ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros; o 6º Encontro Nacional de Atuários; e a 1ª Conferência de Sustentabilidade e Diversidade. Temas como a modernização do segmento, a desburocratização de processos, o impacto da conjuntura, economia digital e parceria público-privada, foram debatidos no evento.

Conforme destacou o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, “O setor de seguros tem muito a contribuir para a retomada do crescimento do Brasil em bases sustentáveis. O seu protagonismo em prol do desenvolvimento das nações foi e continua sendo reconhecido no mundo inteiro”.

A mesa de abertura contou com a presença de Solange Vieira, Superintendente da Susep; Leandro Fonseca, diretor-presidente da ANS; Antonio Trindade, presidente da FenSeg; Jorge Nasser, presidente da FenaPrevi; Marcelo Farinha, presidente da FenaCap; João Alceu Amoroso Lima, presidente da FenaSaúde; Paulo Pereira, presidente da Fenaber; Lucas Vergilio, deputado federal; e Armando Vergilio, presidente da Fenacor.

Amplamente divulgada na grande mídia e nas redes sociais, a edição 2019 foi destaque no jornal Valor Econômico, que trouxe na edição de 19 de setembro um encarte especial sobre a Conseguro.

O encarte de quatro páginas aborda os principais temas debatidos no evento, como a importância da contribuição do setor segurador para a retomada do crescimento do Brasil, destacado pelo presidente da CNseg, Marcio Coriolano; a possibilidade de privatização do seguro-desemprego, proposta pela superintendente da Susep, Solange Vieira, e uma avaliação da conjuntura brasileira e mundial, defendida pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso.

Também consta do encarte do Valor matérias que abordam as transformações geradas pela economia digital, a mudança na lei de licitações e a expectativa de que isso venha a trazer novo impulso para setor, o desafio gerado pela maior longevidade, a ajuda da tecnologia nos processos de controles internos e compliance, os impactos das mudanças climáticas no seguro e a possibilidade de ampliação da oferta de produtos de seguro com a flexibilização das regras regulatórias (CNseg em Ação, 2019, p.15).

Ao abrir a Conseguro 2021 no dia 27 de setembro, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, recuperou em sua fala marcos icônicos que sucederam à Conseguro do ano 2000:

 Após os primeiros anos da década de 2000, vivemos a aceleração da diversidade social e o surgimento de um novo cidadão consumidor, mais consciente do seu poder de escolha. Experimentamos um inédito ciclo de inovação e multiplicação das mídias sociais. Sofremos a emergência da pandemia e comemoramos a trilha da sua superação. E no caso da ASG – Meio Ambiente, Sustentabilidade e Governança, estamos passando do conceito para à prática.

(…) Os seguros observam inédito desenvolvimento de competitividade, de tecnologias e inovação para aqueles que recorrem aos seguros, de criatividade com produtos adaptados e novos, e garantias sólidas de seus compromissos (CORIOLANO, 2021).

Em sua 10ª. edição, realizada pela primeira vez 100% online, a Conseguro 2021 refletiu os novos tempos em que vivemos. Durante a abertura do evento, os presidentes das quatro Federações associadas – FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap – apresentaram os desafios e oportunidades descortinadas pela pandemia.

O presidente da FenSeg, Antonio Trindade, salientou que “a crise sanitária não apenas confirmou a resiliência do setor, como demonstrou a aversão de empresas e pessoas a todo tipo de riscos”, evidenciando a importância do segmento de Danos e Responsabilidades como aliado para a concretização da agenda social e econômica do país. Ao contextualizar o momento que o mercado atravessa, destacou o dinamismo e a capacidade de se reinventar da indústria de seguros, mesmo nos tempos mais difíceis (TRINDADE, 2021).

Além de demonstrar solidez frente ao elevado número de demandas de atendimentos e pagamentos de benefícios, o segmento de seguros de pessoas ampliou as suas ações fornecendo, em caráter de exceção, o pagamento de indenizações por mortes ocasionadas por Covid-19, revelou o presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser. Para ele, a pandemia revelou à sociedade o quanto o setor de seguros é fundamental para a economia, e que “este papel poderá ser cada vez maior na medida em que os entes que compõem o sistema, sejam públicos ou privados, entendam e valorizem a importância da manutenção e preservação de um ambiente de previsibilidade e de segurança para a correta gestão do sistema”, concluiu (NASSER, 2021).

Já o presidente da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima, agrupou os desafios da saúde suplementar em três grandes frentes: a ampliação da demanda de serviços de saúde suplementar decorrente da pressão gerada pela retomada de procedimentos eletivos represados, que acabou coincidindo com a segunda onda de Covid-19; o estrangulamento da capacidade de oferta de máscaras, luvas, aventais, medicamentos neurobloqueadores e anestésicos, que compõem o “kit intubação”, entre outros insumos cuja escassez impacta os custos assistenciais do sistema; e a revisão do marco regulatório: “vemos a revisão do marco regulatório como uma ótima oportunidade para alavancar o acesso de mais pessoas aos seguros e planos de saúde, no entanto, o debate no Congresso corre o risco de ser contaminado por demandas que resultarão em mais aumento de custos e, portanto, aumento de preços, e, portanto, dificuldade de acesso”, afirmou (LIMA, 2021). Apesar dos obstáculos, a saúde suplementar celebra a conquista de 1,7 milhões de novos beneficiários em planos de saúde, e de 2,5 milhões de novos beneficiários de planos odontológicos, nos últimos 12 meses.

A compreensão das mudanças comportamentais da sociedade, cada vez mais conectada e exigente, tem sido uma das prioridades da FenaCap, disse o presidente da Federação, Marcelo Farinha: “os próximos anos serão, como já tem sido, de grandes investimentos em projetos de transformação tecnológica e de uso intensivo de inteligência analítica e ciência de dados” (FARINHA, 2021). Marcelo Farinha também ressaltou que a Capitalização demonstra vitalidade, mesmo em um contexto adverso, tendo ampliado o seu faturamento em 8.4% no primeiro semestre de 2021. O executivo vê na racionalização do impacto regulatório uma ponte para a sustentabilidade da atividade seguradora: “reduzir o custo de observância, flexibilizar exigências, e considerar as especificidades de cada segmento desta complexa indústria, são premissas fundamentais para garantir a sua sustentabilidade”, concluiu (FARINHA, 2021).

Considerada o maior evento do setor, a Conseguro 2021 fechou a 10ª edição, com 40 horas de transmissão ao vivo, 5.900 inscritos, 14.000 acessos às atividades, 400 inscrições na Jornada do Conhecimento, e contou com a presença de mais de 100 especialistas para debater temas diversos de interesse do mercado. O slogan “Inovando com o mercado. E com você”, demonstra que a inovação tem sido a grande constante desta iniciativa que permanece firme em seu propósito de congregar o mercado, há quase 70 anos.

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Publicado em: 03.11.2021

 

1ª Conseguro. Ano 2000
Fonte: Acervo Cedom
3a. Conseguro. Discurso de abertura proferido pelo presidente da Fenaseg, João Elisio Ferraz de Campos.
5ª Conseguro. Ano 2011.
Mesa da cerimônia de abertura com o presidente da CNseg, Jorge Hilário Gouvêa Vieira e convidados.
Fonte: Acervo Cedom
7ª Conseguro. Ano 2015.
Discurso do presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, na Cerimônia de abertura do evento. Marcio Coriolano (E), Paulo Marraccini, Jaime Mariz, Roberto Westenberger, Carlos Abrahão, Armando Vergílio, Osvaldo do Nascimento, Marco Barros e Marco Antonio Rossi (D).
Fonte: Acervo Cedom
8ª Conseguro. Cerimônia de abertura do evento.
Márcio Serôa de Araújo Coriolano presidente da CNseg, acompanhado do Excelentíssimo senhor Francisco Dornelles vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, o Excelentíssimo Senhor Eduardo Guardia – Ministro substituto do Ministério da Fazenda, o Excelentíssimo Senhor Ricardo Barroso – Ministro da Saúde, o Excelentíssimo senhor Júlio Araújo – Ministro das Cidades e e o senhor Joaquim Mendanha de Ataídes – Superintendente da SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, o senhor Leandro Fonseca da Silva – Diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Saúde Suplementar e o senhor Armando Vergílio dos Santos Júnior – presidente da Fenacor – Federação Nacional dos Corretores das empresas corretoras de seguros, de capitalização de Previdência de resseguro e o senhor João Francisco Borges da Costa – presidente da FenSeg, a senhora Solange Beatriz Palheiro Mendes – presidente da FenaSaúde – Federação Nacional de Saúde Suplementar e o senhor Edson Luiz Franco presidente da FenaPrevi Federação Nacional de Previdência Privada e Vida e o senhor Marco Antônio da Silva Barros, presidente da FenaCap – Federação Nacional de Capitalização
Fonte: Acervo CEDOM
9ª Conseguro. Ano 2019. Cerimônia de abertura. Fonte: Acervo Cedom
Vídeo de abertura da 9ª Conseguro. Ano 2019. Fonte: Acervo Cedom
10ª Conseguro. Vídeo Percepções do Brasil de Hoje.
Fonte: Acervo Cedom

 

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