23 de outubro de 1906 ficou marcado na história como o momento do primeiro voo de Alberto Santos Dumont a bordo do 14-bis. Por essa razão, neste dia comemora-se no Brasil o Dia do Aviador e o Dia da Força Aérea Brasileira.
Apesar da data formalizada, muitos foram os experimentos que levaram o brasileiro a alcançar aquela marca. Na última década do século XIX, Santos Dumont participou de várias premiações, sofreu diversos acidentes, mas foi capaz de avançar e obter êxito no seu experimento. Antes de chegar ao 14-bis, Dumont havia voado em balões e dirigíveis, contribuindo também para o progresso desses segmentos.
Ao menos oito inovações estão diretamente vinculadas ao brasileiro. Ele foi o primeiro a criar a navegação área – um conceito muito mais amplo, que consiste em conduzir uma aeronave, em vez de ser conduzido erraticamente por ela. O primeiro a voar com motor movido a explosão; o primeiro a ter um voo homologado; o inventor do motor de cilindros opostos (até hoje usados); o primeiro a fabricar um avião em série; o inventor do relógio de pulso; o precursor da patente livre; o primeiro a trazer ao Brasil um automóvel movido a petróleo. (Museu do Amanhã, 2016)
A adaptação e melhoria da potência de motores de automóveis ao longo da década anterior foi essencial para que Santos Dumont desvendasse os problemas da navegação aérea. A Revista Moderna de abril de 1899, destacava a vocação transformadora do inventor:
“Santos Dumont é filho de uma familia de engenheiros e elle mesmo cursou durante alguns anos a Escola de Minas de Ouro Preto, partindo depois para a Europa onde começou sem tardar, a practica dos sports mechanicos o que o levou a introdusir certos aperfeiçoamentos verdadeiramente appreciaveis na força motora dos automoveis. É assim que, como simples amador, reformou de um modo notavel um dos mais completos motores a petroleo (motor de Dion e Bouton) conseguindo por um systema de superposição de cylindros com insignificantissimo augmento de peso o suprehendente resultado de uma pequena machina produsindo a dupla força e por conseguinte uma quasi dupla velocidade”. (Revista Moderna, 1899, p. 254)
Não por acaso, o primeiro carro a motor chegou ao Brasil, em 1891, trazido de Paris por Alberto Santos Dumont. Tratava-se de um automóvel de marca Peugeot, Type 3 a gasolina, com motor de dois cilindros da marca Daimler. O carro, que chegou pelo porto de Santos, teria custado a Dumont 1.200 francos.
Além de ter sido o primeiro proprietário de um carro no país, o inventor foi um dos primeiros a contratar um seguro contra roubo de automóvel, ainda nos anos 1920. O seguro foi feito na França, pela empresa L’Urbaine & La Seine, com o valor anual de 132 francos.
O avião abalou os rumos do século XX, mas nem sempre de forma positiva. Acredita-se que uma das motivações para o suicídio de Dumont, em 23 de julho de 1932, tenha sido ver seu invento ser utilizado para fins predatórios. Contudo, não foi somente essa a finalidade dada à máquina. Já desenvolvida, a indústria aérea tem tido desde então extrema importância para o maior fluxo comercial e, sobretudo, para a mobilidade civil, contribuindo para a diminuição das fronteiras e para o avanço do processo de globalização.
Veja algumas das contribuições do mercado segurador brasileiro para os rumos do setor aéreo no país:
- Em 28 de agosto de 1941, o Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro doou a primeira aeronave de treinamento militar destinada à formação da Força Aérea Brasileira.
- Em abril do ano seguinte, na pista do Departamento de Aeronáutica Civil, foram entregues 10 aviões doados por seguradoras e pelo Instituto de Resseguros do Brasil – IRB, à Companhia Nacional de Aviação Civil.
- Em 1945, após o anúncio da entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial, a SulAmérica, que doou à Campanha de Aviação um avião para o treinamento de pilotos que comporiam o quadro da Força Aérea Brasileira.
O seguro é essencial para o desenvolvimento socioeconômico do país, pois protege pessoas, animais, cargas, aeronaves, empresas etc., de acordo com as coberturas escolhidas.
No caso da aviação, existem seguros aeronáuticos voltados para a aviação comercial e regional, aviação geral, linhas regulares, aviação agrícola, dentre outras. A modalidade de contratação dependerá da atividade desenvolvida.
As seguradoras brasileiras oferecem inúmeras soluções, como alguns exemplos abaixo:
- Seguro RETA – Responsabilidade do Explorador e Transportador Aéreo (seguro obrigatório que cobre danos aos passageiros, tripulantes e pessoas em solo);
- Seguro de Responsabilidade Civil – Aeronáutico – LUC (garante o reembolso das indenizações a terceiros que o segurado venha a ser obrigado a pagar judicialmente);
- Aviação Geral (jatos, turboélices, helicópteros e aeronaves de motores a pistão);
- Seguro de Responsabilidade Civil Hangar (proteção da empresa administradora do hangar, caso esta seja civilmente responsável);
Para saber mais, pesquise no site e na base de dados do CEDOM.
Nota: Conforme Termo de Autorização e Responsabilidade para Uso de Imagem, celebrado entre o Centro de Documentação da Aeronáutica (Cendoc) e a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a imagem da Apólice de Seguro contra roubo de automóvel, especificada (SD4-369) só poderá ser utilizada no portal do Centro de Documentação e Memória do Mercado Segurador – CEDOM (endereço eletrônico: https://cedom.cnseg.org.br/), com o objetivo de promover a Educação em Seguros e de tornar conhecida a história deste importante segmento da economia brasileira. É vedada a reprodução, cessão, empréstimo, permuta, comercialização, exposição e divulgação, sob quaisquer formas (fotográfica, eletrônica, digital etc.) e pretextos, das imagens cedidas através do Termo, a não ser para a finalidade descrita.