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CNSeg - Confederação Nacional das Seguradoras

Fraudes, uma praga resiliente no caminho do mercado segurador

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Não é de hoje que as fraudes preocupam o mercado segurador brasileiro, que, em resposta, adota seguidas ações ao longo da história para combatê-las. Golpes, dos mais grosseiros aos mais sofisticados, estão presentes em todos os ramos e modalidades. Nem sempre são identificados, representando uma praga ao correto funcionamento do mercado, não só o brasileiro quanto o internacional.

Esse quadro é descrito na matéria de capa da Revista de Seguros (nº 845), publicada no segundo trimestre de 2003 e disponível no Centro de Memória da CNseg.

A reportagem, a partir de um plano de combate às fraudes liderado pela Fenaseg (entidade antecessora da CNseg), examina o fenômeno dos golpes contra seguradoras, tanto no mercado doméstico quanto no cenário global.

Naquela altura, as fraudes representavam 9% das receitas geradas pelas seguradoras americanas, na casa de US$ 1,1 trilhão; no Brasil, a estimativa da época era de que as perdas por sinistros fraudulentos totalizavam, em média, 20% de tudo arrecadado.

Foi justamente esse comportamento fora da curva do mercado brasileiro que inspirou a Fenaseg a disparar a campanha no valor de R$ 6 milhões naquele 2003. O chamado Plano Integrado de Prevenção e Redução da Fraude em Seguros contava com 33 iniciativas para mitigar os sinistros fraudulentos.   O plano englobava ações institucionais, de prevenção e comunicação; de investigação; de repressão; e de gerenciamento da informação.

A empresa de consultoria A.T. Kearkey foi contratada para fazer um diagnóstico das fraudes no País, concluindo que de 10% a 15% dos sinistros pagos nas carteiras embutiam algum tipo de fraude. Em valores, as fraudes representavam de R$ 2,4 bilhões a R$ 3,6 bilhões em 2003. O levantamento identificou os seguros de Automóvel, de Saúde, de riscos patrimoniais e de Vida entre os mais vulneráveis.

Aliás, a matéria relata uma fraude das mais criativas no ramo de Vida, cuja arrecadação era da ordem de R$ 8 bilhões e convivia com uma taxa de 1,9% de fraudes nos sinistros pagos.

A história é a seguinte: donos de uma funerária contratam várias apólices e, logo depois, um dos titulares “morre”, tentando levar para o além R$ 1,5 milhão de capital segurado. Uma denúncia motivou a seguradora a abrir uma investigação, incluindo-se aí a abertura do caixão, que, em lugar de corpo, tinha tijolos e blocos de concreto. Na sequência, o autor e seus auxiliares são identificados, presos e condenados.

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