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CNSeg - Confederação Nacional das Seguradoras

O Dia da Diversidade e Inclusão e os avanços no Setor de Seguros

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Em 2019 foi criado pela CNseg o Dia da Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros, tendo como objetivo construir um ambiente de negócios mais diverso, igualitário e preparado para lidar com a sociedade como um todo. Comemorada anualmente no dia 25 de setembro, a data foi precedida pela criação, em 2017, do Grupo de Trabalho de Diversidade e Inclusão da CNseg, e da publicação da Cartilha Boas Práticas para Diversidade no Mercado Segurador.

O lançamento da publicação Princípios de Sustentabilidade em Seguros (Principles of Sustainable Insurance – PSI), pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em 2012, contribuiu para a atualização dos debates e, desde então, a diversidade e a inclusão têm se consolidado como atributo de inovação. Antigas questões ganharam novos contornos, alcançando maior destaque no setor, que passou a abraçar causas como a diversidade e igualdade de gênero, de raça e de orientação sexual.

Como resultado dessas ações, o mercado segurador vem se empenhando em reduzir a sub-representação feminina e de profissionais negros ou negras na alta gestão, além de pensar em políticas mais inclusivas para Pessoas com Deficiência (PcD) e profissionais LGBTQIAPN+. Entidades como o Instituto pela Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros (IDIS) e a Sou Segura – Associação de Mulheres do Mercado de Seguros (AMMS) colaboraram para essa transformação.

Dando continuidade aos trabalhos, em junho de 2023, no mês do Orgulho LGBTQIAPN+, a CNseg lançou o Guia Nome Social. A ação busca conscientizar e educar Empresas de Seguros para a interação com todos os públicos. De acordo com o documento: “As políticas e medidas de inclusão, além de representarem respeito à diversidade de gênero e um ambiente mais inclusivo, fomentam soluções inovadoras para melhor compreender e atender as necessidades de todos”.

Uma das primeiras pautas igualitárias consideradas pelo setor foi quanto ao papel social da mulher. Segundo o Relatório de Sustentabilidade do Setor de Seguros de 2021, as mulheres representam atualmente mais da metade da força de trabalho atuando nesse mercado. Hoje os desafios são igualdade salarial e acesso aos principais cargos de liderança, mas nem sempre foi assim. 

Ao longo do século XX, as mulheres romperam com os paradigmas a elas impostos. Em 1981, Luiz Mendonça, então consultor da Fenaseg, escreveu texto intitulado “Preconceito de Sexo”, onde destacou ser o mercado de seguros um lugar à frente do seu tempo, sempre se antecipando às transformações da sociedade, em razão da natureza das atividades prestadas. Na ocasião, Mendonça lançou luz sobre planos inovadores para a época que foram criados em outros países, mas que ainda estavam longe de chegar ao Brasil. Conforme frisou ao final de sua argumentação: “No Brasil há um plano em que o marido pode incluir a esposa, desta tornando-se beneficiário. Mas não existe um plano específico para a mulher, colocando-a na posição de titular da apólice. Já não é tempo?”

Quando avaliamos os anúncios das seguradoras no início do século XX, percebemos que a preocupação expressa por Luiz Mendonça em 1981 contrastava com o pensamento vigente nos anos 1930. Nesse contexto, a mulher estava fadada a desempenhar posições secundárias, exercendo exclusivamente atividades normalmente associadas aos cuidados, fosse como esposa, mãe ou dona de casa.

“Duas viuvas… o marido de uma dellas deixou caducar o seu seguro de vida”. Anúncio veiculado na Revista SulAmérica, ano 10, nº 40, outubro de 1929 (CEDOM).

 

A sociedade avançou desde então, mas não o suficiente para dispensar ações no sentido de conscientizar a população e o mercado sobre a importância de determinadas pautas dentro e fora do setor de seguros. Essa é a relevância do Dia da Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros.

 

Publicado em 25.09.2023

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