O maior assalto a banco na história do Brasil ocorreu em agosto de 2005, em Fortaleza. Os ladrões conseguiram roubar aproximadamente R$ 164,7 milhões do cofre do Banco Central do Brasil.
O crime foi meticulosamente planejado e executado. Os assaltantes alugaram uma casa perto do banco, disfarçada como uma empresa de grama sintética, e cavaram um túnel de 78 metros em três meses, com iluminação, ventilação e trilhos para transportar o dinheiro roubado. O assalto foi descoberto na segunda-feira após o fim de semana do roubo, quando os funcionários notaram a falta do dinheiro.
O crime envolveu cerca de 25 participantes diretos e atraiu grande atenção da mídia e das autoridades, resultando em uma das maiores operações policiais da história do país. Alguns dos envolvidos foram capturados e parte do dinheiro foi recuperada, mas uma quantia significativa ainda permanece desaparecida.
Seguros e o assalto ao Bank of America
Luiz Mendonça, entusiasta do mercado segurador, escreveu para o jornal O Globo em 1977 sobre outro grande assalto que se tornou um dos mais notórios da história britânica. O assalto ao Bank of America, ocorrido dois anos antes, teve um impacto profundo na segurança bancária. Confira o texto na íntegra acessando o link.
Em um parágrafo do artigo, Luiz Mendonça aborda a apólice de seguro que cobria as perdas do Bank of America, denominada “blanket bond“, comparando-a a um cheque em branco em termos de garantias.
Seguro Global de Bancos
No Brasil, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) regulamentou, através da Circular nº 061, de 2 de dezembro de 1976, o Seguro Global de Bancos, um seguro destinado a bancos e instituições financeiras para proteger grandes volumes financeiros.
Esse produto é categorizado como de alto risco e mais complexo do que os seguros convencionais. Em abril de 2021, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) lançou a Resolução CNSP n°407, que trouxe importantes atualizações em relação à elaboração e comercialização de contratos de seguros de grandes riscos.
Devido à sua natureza altamente específica e aos valores financeiros envolvidos, não se trata de um tipo de apólice comum. O segurado paga o prêmio para obter proteção contra possíveis prejuízos materiais, mas durante a vigência do contrato precisa cumprir obrigações, como manter os dispositivos de segurança operacionais.
Esse seguro é fundamental para proteger não apenas os bancos, mas também os clientes e a economia como um todo, mitigando os impactos de crises e garantindo a estabilidade financeira do país.
Publicado em 27/08/2024