A preocupação do mercado segurador com a conscientização dos pais a respeito da importância do seguro na garantia do futuro e do bem-estar da família está presente nas propagandas de época. Entre os anúncios publicados, estão os que retratam o seguro de vida como uma das maiores provas de amor que um pai pode dar aos seus filhos. A Revista de Seguros, edição de maio de 1946, descreve o “bom pai de família” como o cidadão que, além de se dedicar à educação dos filhos, aceita os conselhos do agente de seguros e contrata o seguro de vida.
O pai também é apresentado como o provedor do lar e do futuro das crianças na revista semanal O Cruzeiro. Lançada em 1928 por Assis Chateaubriand, a publicação se tornou uma das mais proeminentes do País – o primeiro número alcançou uma tiragem de 50 mil exemplares – atingindo o recorde de 700 mil exemplares em agosto de 1954.
Nas últimas décadas, a propaganda se profissionalizou ainda mais, ganhou espaço na TV, nas rádios, nas mídias sociais e nas redes digitais e é, com certeza, uma preciosa fonte de informação para compreensão das mudanças ocorridas no mercado segurador brasileiro, na sociedade e na história da evolução da propaganda em si, dentre elas, a quebra do paradigma da exclusividade do homem no papel de provedor da família.