Os primeiros passos
Em 1951 foram dados os primeiros passos para a criação de um órgão representativo relacionado ao setor segurador, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos seguros, previdência privada e capitalização no Brasil. E é por essa razão atribuído a junho deste ano o nascimento oficial da Fenaseg, comemorado anualmente no dia 25/06, data em que foi realizada a assembleia de constituição da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização – Fenaseg.
No entanto, esse processo levou mais tempo para se consolidar. Segundo as leis de associação sindical brasileira, eram necessários seis sindicatos para que fosse possível formar uma federação. Foi somente durante o mês de novembro de 1953, que a Fenaseg reuniu o número de sindicatos necessários para atingir a quantidade mínima requerida pela legislação vigente. Neste momento, além dos Sindicatos das Empresas de Seguros do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande Sul, passou a estar associada à federação o Sindicato das Empresas de Seguros de Pernambuco, criado à época para possibilitar o reconhecimento oficial pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. A autorização foi recebida pelos fundadores no último dia de novembro de 1953. (Revista de Seguros, abr., mai., jun. de 2001, p. 10)
Fonte: Carta que aprova os estatutos da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização e a reconhece como entidade de grau superior coordenadora dos sindicatos representativos das categorias econômicas. (CEDOM).
Um novo modelo de representação
O órgão se manteve com essa organização até 2007, quando novas mudanças ocorreram no modelo de representação institucional do setor de seguros, previdência privada, saúde suplementar e capitalização. Naquele ano foram criadas quatro federações – FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap –, iniciando o movimento que levaria a atual configuração da entidade. Em 7 de fevereiro de 2007 foram eleitos os diretores e conselheiros fiscais e em 7 de março, com a realização da primeira reunião de trabalho dos diretores, as federações foram instaladas.
Fonte: Representantes eleitos para as quatro federações criadas e, ao centro, João Elísio Ferraz, presidente da Fenaseg. Da esquerda para direita: Jayme Garfinkel (FenSeg), Luiz Trabuco Cappi (FenaSaúde), José Ismar Alves Tôrres (FenaCap) e Antonio Cássio dos Santos (FenaPrevi). (CEDOM).
Em editorial publicado na Revista de Seguros, João Elísio Ferraz, então presidente da Fenaseg, tratou sobre as últimas decisões e sobre o futuro representativo da então federação: “Não tenho dúvidas de que o novo modelo significa união de forças, o que me leva a afirmar que, assim, estaremos mais preparados para enfrentar os desafios da nossa atividade e mais perto de alcançar sucesso em nossas propostas e sugestões”. (Revista de Seguros, jan., fev., mar. de 2007, p. 4). Somava-se a todas essas transformações a abertura do resseguro no Brasil.
Essa operação culminou na fundação, em 7 de agosto de 2008, da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização – CNseg. O novo modelo tem como proposta ampliar a representação dos diferentes segmentos do mercado segurador brasileiro.
A CNseg nos próximos anos
Hoje, a CNseg desenvolve a coordenação e suporte técnico, organizacional e institucional a projetos e atividades de interesse comum das Federações associadas. Um dos principais interesses da Confederação é democratizar o acesso ao seguro no Brasil. De acordo com o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), lançado em março de 2023, espera-se que com a nova diretriz a participação do seguro no PIB brasileiro avance até 2030, saindo dos atuais 6,2% para 10%.
Durante as festividades dos 72 anos do órgão, o presidente Dyogo Oliveira frisou: “A nossa grande meta é democratizar cada vez mais o seguro, e temos dado passos importantes nessa direção”. (Revista Apólice, 23 de junho de 2023).
Publicado em 29.11.2023