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Pelé: um ícone do futebol brasileiro

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No ano em que celebramos a Copa do Mundo do Qatar, o Centro de Documentação e Memória do Mercado Segurador (CEDOM), homenageia Edson Arantes do Nascimento, mundialmente conhecido como Rei Pelé, resgatando a trajetória de sucesso do ídolo.

 

Homenagem da torcida ao ícone Pelé durante a partida de Brasil e Coréia do Sul. (Reprodução / Getty Image).

 

Nascido em 1940, em Três Corações, Minas Gerais, Pelé ingressou no futebol quando mudou-se com a sua família para Bauru, São Paulo. Aos 10 anos, iniciou sua carreira como jogador no infanto-juvenil do Bauru Atlético Clube.

Treinou pela primeira vez no Santos em 1956, clube que deu fama a Pelé como jogador. Sua primeira partida oficial se deu em 7 de setembro de 1956, quando tinha apenas 16 anos. Pelé defendeu o clube até 1974. Ao longo de 18 anos, conquistou com o seu time inúmeros campeonatos, dentre os mais importantes o bicampeonato da Taça Libertadores da América (1962 e 1963), o bicampeonato do Mundial Interclubes (1962 e 1963) e o pentacampeonato da Taça Brasil (1961, 62, 63, 64 e 65).

Menos de um ano após a sua estreia no Santos, Pelé defendeu pela primeira vez a Seleção Brasileira. No jogo contra a Argentina, no Estádio do Maracanã, o mineiro fez o seu primeiro gol com a canarinha, apesar do Brasil ter perdido na ocasião o jogo por 2 a 1.

Já no ano seguinte, Pelé foi escalado para ir à Suécia jogar a Copa do Mundo de 1958. Foi no terceiro jogo, contra a União Soviética, que Pelé fez sua estreia, usando pela primeira vez a camisa nº 10, sua marca no esporte. A Seleção Brasileira foi campeã mundial nesse ano, dando a Pelé o título de jogador mais jovem a conquistar o Mundial.

Quatro anos mais tarde, Pelé já era considerado o melhor jogador do mundo. Infelizmente, no segundo jogo da Copa do Mundo do Chile, sofreu uma lesão que o tirou da disputa. Contudo, a seleção brasileira prosperou mais uma vez ao alcançar o bicampeonato mundial de 1962.

Taça Jules Rimet conquistada definitivamente pelo Brasil após o tricampeonato. (Arquivo Nacional, 1958, BR RJANRIO.EH.0.FOT.PRP.6267).

 

Em 1970, no México, sob o comando do técnico Zagallo e tendo ao seu lado nomes como Carlos Alberto Torres, Gérson e Jairzinho, Pelé ajudou a seleção a conquistar o tricampeonato. Como primeira seleção a alcançar esse feito na história das copas, o grupo pode trazer para o Brasil como prêmio a Taça Jules Rimet, conforme o regulamento do torneio indicava.

Após o tricampeonato, Pelé fez sua última partida pela Seleção Brasileira no ano seguinte e pelo Santos em 1974. Jogou ainda nos Estados Unidos, pelo New York Cosmos, onde se aposentou definitivamente em 1977.

No período das grandes vitórias que protagonizou, o seguro começou a ser debatido e contratado pela Confederação Brasileira de Desportos – CBD, entidade que era responsável pela organização do esporte no país, cobrindo Pelé e os demais jogadores da seleção. De acordo com a Revista de Seguros de março de 1962, portanto publicada antes da copa: “A C.B.D fêz um seguro contra acidentes de Cr$ 5 milhões para cada jogador da seleção, e Cr$ 1 milhão para cada membro da delegação” (Revista de Seguros, março de 1962, p. 441).

Um ano após a conquista do bicampeonato, em 1963, a Revista de Seguros informava em sua edição de julho que o seguro seguia em vigor nos casos de viagens ao exterior:

“Está funcionando mesmo, na prática, a resolução do Conselho Nacional de Desportos, que obriga a realização de seguros (acidentes pessoais) das equipes esportivas, para o fim de ser autorizada qualquer excursão ao exterior. As equipes que se encontram fora do país estão tôdas elas seguradas, inclusive o selecionado da CBD. Os 25 jogadores da seleção estão segurados por Cr$ 5 milhões na garantia de Morte, e por Cr$ 10 milhões em Invalidez Permanente” (Revista de Seguros, maio de 1963, p. 535).

Dois meses mais tarde, a Revista de Seguros publicou opinião que destacou a relevância alcançada pelo esporte e por seus jogadores naquela fase e o impacto causado no mercado segurador – uma mudança de cultura diante do tema:

“Possui hoje o futebol brasileiro um invejável patrimônio esportivo. Das numerosas equipes que proliferam por todo o país pode ser recolhido um excelente e extenso elenco de estrêlas de primeira grandeza, com elevada cotação no mercado internacional. E no entanto só agora, só depois da conquista de um bicampeonato mundial, tornou-se possível implantar um sistema de seguro para essa coletividade profissional. E, assim mesmo, pelo esfôrço e iniciativa dos próprios jogadores, cujo Sindicato muito teve que lutar para tal conquista” (Revista de Seguros, julho de 1963, p. 21).

A relevância de Pelé para o futebol não se restringiu aos anos em que atuou como jogador premiado. Mesmo após deixar os campos, continuou a impulsionar o esporte que o consagrou e tantos outros. Em 1995, durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, assumiu o Ministério do Esporte, exercendo o cargo até 1998.

Em março de 1998, no último ano de sua gestão, foi promulgada a Lei n° 9.615, que definiu normas para os esportes, ficando popularmente conhecida como Lei Pelé. Essa legislação seria atualizada mais tarde, pela Lei nº 12.395 de 2011, passando a incluir em seu texto o seguro de vida e de acidentes pessoais para os atletas como obrigatório, tratando-se de um dever do contratante.

Homenagem dos jogadores da seleção brasileira a Pelé durante a partida de Brasil e Coréia do Sul. (Reprodução / Getty Image).

 

Com uma brilhante trajetória de vida, o ícone do futebol está eternizado por toda a sua atuação dentro e fora do campo.

 Dezembro,2022.

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