Presidente do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros e de Capitalização do Norte/Nordeste – SINDSEG N/NE, da Companhia Excelsior Seguros e membro do Conselho Superior da CNseg, Mucio Novaes, menciona que as principais conquistas do mercado segurador nas regiões Norte e Nordeste do Brasil começaram na década de 70 e se fortaleceram a partir de 1994, com a criação do Plano Real e a estabilização da economia.
Nesta entrevista, o executivo comenta sobre a evolução do mercado segurador, a modalidade de seguro com maior penetração na região, o impacto da violência urbana na atividade seguradora, as estratégias para a difusão da cultura do seguro, os desafios e oportunidades para o setor; as modalidades de seguros com maior potencial de crescimento; a participação da Fenaseg no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (CDES); as contribuições do setor para o desenvolvimento do País e como era o setor na época da criação da Excelsior Seguros.
Segundo ele, o seguro com maior índice de penetração na região Nordeste é o seguro de automóvel, que se expandiu no país, de forma equilibrada, em decorrência do aumento da demanda por automóveis. Entretanto, como a região é a mais pobre, o índice de cobertura da frota não deve ser igual ao das regiões Sul e Sudeste.
Com a expansão da fronteira agrícola na Bahia, Maranhão, Piauí e no Norte do Tocantins, com tendência de forte demanda pelo seguro agrícola e, o aumento dos riscos ambientais, atrelados ao processo de crescimento industrial, ele acredita que devem aumentar a procura pelo seguro de responsabilidade civil, seguro garantia de performance de obras, de saúde e outros.
Para Novaes a principal contribuição do seguro é proporcionar proteção, tranquilidade, garantia e, ser um instrumento de previdência – no sentindo amplo – ou seja, um caminho pra tornar as pessoas mais previdentes. E considera o seguro um instrumento pedagógico fundamental para o crescimento do Brasil.
Quanto aos desafios a serem vencidos, destaca que o primeiro é o aumento renda da população, eis que à medida que ela aumenta, aumenta o consumo de bens e a qualidade de vida, levando a uma necessidade de proteção. O segundo é a cultura do seguro, pois na medida em que a população aumenta a sua percepção do risco, “[..] que é viver, que é trabalhar, que é investir, isso evidentemente faz com que o seguro seja mais demandado. Então a difusão da cultura do seguro é fundamental”.
Entrevista concedida em 11 de agosto de 2015.